O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, vai conversar nesta quinta-feira 6 com o ministro do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.
A reunião, que deve acontecer por videoconferência, é em meio a ofensiva comercial do presidente Donald Trump a diversos países, incluindo o Brasil. No começo de janeiro, Trump confirmou a taxação em 25% das importações de aço e de alumínio, que afetará a indústria do setor no Brasil. A medida deve entrar em vigor em 12 de março.
Em seu discurso ao Congresso norte-americano nesta terça-feira 4, o republicano chegou a citar o Brasil como exemplo de país que estaria cobrando tarifas altas aos produtos norte-americanos, em um cenário que considerou “injusto”.
O vice-presidente brasileiro defende o diálogo para driblar as taxas dos EUA. No caso do aço, Alckmin tem trabalhado para implementar cotas para aliviar os produtores brasileiros e evitar a sobretaxa.
“No caso do aço, lá atrás [em 2018], se caminhou para a cota, chamada hard cota, em que acima de um limite não pode mais entrar. Esse pode ser um dos caminhos, vamos aprofundar todos esses temas”, declarou em fevereiro.
Balança comercial
Os dez principais produtos brasileiros exportados para os EUA são: óleos brutos (sem taxação), produtos semimanufaturados de ferro ou aço (taxa de 7,2%), café não torrado (9%), pastas químicas de madeira (3,6%), ferro fundido (3,6%), aviões (sem taxa), gasolinas (sem taxa), aviões a turbojato (sem taxa), carnes desossadas (10,8%), ligas de aço (7,2%).
Já os dez principais produtos dos EUA importados pelo Brasil são parte de turborreatores (sem taxa), turborreatores de empuxo (sem taxa), gás natural liquefeito (sem taxa), óleos brutos de petróleo (sem taxa), óleo diesel (sem taxa), naftas (sem taxa), hulha betuminosa (sem taxa), copolímeros de etileno (20% de taxa), óleos lubrificantes (sem taxa), polietilenos (20%).