O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou os efeitos do acordo bilateral fechado entre Mercosul e União Europeia nesta sexta-feira, após mais de 20 anos de negociações.
Quero destacar a liderança do presidente Lula. Se não fosse ele, dificilmente esse acordo teria saído. E vale ressaltar o grande significado disso num mundo polarizado e fragmentado”, disse Alckmin em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
A união dos dois blocos reúne mais de 700 milhões de pessoas que vivem na América Latina e na Europa, o que tem potencial de ampliar oportunidades para todos os envolvidos, e, especialmente, impactar a vida de milhares de brasileiros.
Abertura de oportunidades
Segundo Alckmin, a parceria foi apoiada no Brasil por três setores produtivos: o setor primário, o agrícola; o setor secundário, a indústria, especialmente a indústria de transformação, e o de comércio e serviços. “Vamos impulsionar as pequenas empresas também para que elas possam participar, não só as grandes empresas”.
Alckmin ressaltou, ainda, que o acordo abre oportunidades para o Brasil e tem o apoio das confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura e Pecuária (CNA) ao acordo.
“Estamos falando de mais de 27 países da União Europeia, dos mais ricos do mundo. São muitas oportunidades e ganhos recíprocos. Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem, a renda e o emprego crescerem e derrubar a inflação. Os estudos mostram que as exportações para a União Europeia poderiam crescer na agricultura 6,7%, nos serviços 14,8% e na indústria de transformação 26,6%”.
As pequenas empresas também vão se beneficiar do acordo, avalia Alckmin. “Abre muitas oportunidades para entendimento recíproco e um ganho recíproco. Vamos impulsionar as pequenas empresas, também, para que elas possam participar, não só as grandes empresas”, ressaltou
“Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescerem mais e derrubar a inflação. Ajuda também a reduzir a inflação. Então, é uma agenda extremamente positiva”, avaliou.
Alckmin ressaltou que, para ter efeito, o acordo ainda precisa ser traduzido para 24 idiomas e passar pela votação por maioria qualificada do Conselho da Europa, pelo Conselho Europeu da União Europeia e pela aprovação de maioria simples do Parlamento Europeu.
Internamente, o acordo é submetido à aprovação dos quatro países integrantes do Mercosul: Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, que é quando o acordo começa a valer de imediato. “Mas, na realidade, os termos estão acertados. Então, um país que, por acaso, tenha divergência, não pode mais alterar os termos do acordo que ficou celebrado, que precisa ser aprovado”, esclarece.