Alba foi criada em 14 de dezembro de 2004, quando Fidel Castro e Hugo Chávez assinaram o acordo de fundação em Havana – Alba-TCP

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Comemorar os 20 anos da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio para os Povos (Alba-TCP) e impulsionar as esquerdas latino-americanas. Foi com esse horizonte que a Alba começou a 24ª cúpula dos países membros em Caracas para levantar propostas de articulação entre os movimentos populares do continente.

O secretário-geral da organização, Jorge Arreaza, abriu o primeiro evento dos dois dias de atividade. Durante o Conselho de Movimentos Populares da Alba, Arreaza destacou a importância do fortalecimento de uma frente que não seja burocrática na atuação e que os governos façam uma articulação que forme organizações para tornar essa movimentação mais efetiva.

“Este conselho deve gerar propostas, para que possamos levantar formalmente a nossa voz na diplomacia entre os Estados, com base no que vocês entregam como conselho social, que não é uma instância que substitua qualquer movimento”, disse na abertura do evento.

O conselho levantou uma série de propostas em um documento que será encaminhado aos movimentos para a execução desses projetos nos 30 países representados na cúpula da Alba. O primeiro deles é a criação de brigadas temporárias.

O projeto tem como base as próprias brigadas do MST que se articulam em diferentes países. Dentro desse projeto, o objetivo é ter três categorias de brigadas: intercâmbio, solidariedade e permanente.

Outra proposta levantada foi a criação de um Fundo de Solidariedade da Alba para suporte emocional e material nos países integrantes da Alba.

O fundo também poderia ser usado para articular campanhas de solidariedade entre governos e organizações populares.

No eixo da comunicação, a jornalista Florencia Agustina apresentou a proposta de formar uma escola e uma agência de notícias dos movimentos populares.

Os movimentos também levantaram a necessidade de ter uma rede de formação política para fazer a disputa ideológica e construir ferramentas de interpretação para a transformação da realidade.

Este documento elaborado pelos movimentos foi incorporado a um texto escrito pelos representantes dos governos dos países membros da Alba e será entregue ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro.

Segundo o chanceler venezuelano, Yván Gil, as propostas buscam impulsionar a Alba como um agente importante e um “ator geopolítico poderoso”.

O documento assinado entre os chefes de Estado tem como propostas principais criar um plano alimentar, um Acordo Comercial Popular, promover um programa especial de desenvolvimento científico, cultural, comunicativo e acadêmico compartilhado e uma agência para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

20 anos da Alba

A organização foi criada em 14 de dezembro de 2004, quando os presidentes de Cuba, Fidel Castro, e Hugo Chávez assinaram o acordo de fundação em Havana. Além de Cuba e Venezuela, fazem parte da Aliança Bolívia, Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Antiga e Barbuda Granada, Dominica, São Cristóvão e Névis e Santa Lúcia.

A 24ª edição da Cúpula dos Chefes de Estado terá também Honduras e Palestina entre os convidados. A reunião deste sábado terá um documento final que será firmado pelos presidentes dos países e ministros das Relações Exteriores para a execução das propostas aprovadas.

“Neste sábado, diremos ao mundo que, 20 anos depois, nada mais fazemos do que ratificar e reafirmar cada um dos princípios solidários de cooperação, colaboração, complementaridade, que significa a Aliança Bolivariana”, disse o secretário executivo da Alba-TCP, Jorge Arreaza.

Edição: [nome da editora]

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Last Update: 16/12/2024