A vida da equipe econômica do presidente Lula (imagem/reprodução internet) está mais desafiadora. As derrotas no Congresso, os juros nos Estados Unidos e a instabilidade no mercado financeiro devem compelir a equipe econômica a antecipar, ao menos em parte, a discussão sobre despesas públicas que só pretendia realizar em 2025. As medidas mais polêmicas, que ainda não sabemos se serão mesmo apresentadas, seriam a desvinculação do piso da previdência do salário-mínimo e a revisão dos mínimos constitucionais de gasto com saúde e educação. Fazendo o ajuste no meio do governo, a impressão será que a terceira gestão do presidente Lula retardará os aumentos dos aposentados (que ainda serão maiores do que seus governos anteriores) e reduzirá a obrigação de gastar com saúde e educação. Falta coragem para extinguir a maioria das isenções combatidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que são completamente injustificáveis e regressivas.