O filme brasileiro Ainda Estou Aqui foi anunciado nesta quinta-feira (23) como um dos indicados ao Oscar 2025 na categoria de melhor filme e melhor filme internacional. A produção concorre na categoria internacional com Emilia Pérez (França), Flow (Letônia), A Garota da Agulha (Dinamarca) e A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha).
Além disso, Fernanda Torres concorre ao prêmio de melhor atriz.
Esta é a segunda vez que uma obra dirigida por Walter Salles é indicada ao Oscar. A primeira ocorreu em 1999, com Central do Brasil. Naquela ocasião, o prêmio foi conquistado por A Vida É Bela, do cineasta italiano Roberto Benigni.
A cerimônia do Oscar 2025 está marcada para 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien.
Melhor Filme
Anora
O Brutalista
Um Completo Desconhecido
Conclave
Duna: Parte Dois
Emilia Pérez
Ainda Estou Aqui
Nickel Boys
A Substância
Wicked
Melhor Filme Internacional
Ainda Estou Aqui
A Garota da Agulha
Emilia Pérez
A Semente do Fruto Sagrado
Flow
Ainda Estou Aqui é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. O filme narra a trajetória de Eunice Paiva, mãe do escritor, que passa de dona de casa nos anos 1970 – cuidando de cinco filhos – a uma das maiores defensoras dos Direitos Humanos no Brasil. Sua transformação ocorre após o brutal assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), durante a ditadura militar.
A produção também está concorrendo ao BAFTA, o prestigioso prêmio britânico de cinema, cuja cerimônia será realizada no dia 16 de fevereiro.
Histórico brasileiro no Oscar
Com Ainda Estou Aqui, o Brasil soma cinco indicações na categoria de Melhor Filme Internacional. Até hoje, o país participou de 13 edições do Oscar com produções nacionais ou coproduções, mas nunca levou uma estatueta para casa.
Confira as indicações brasileiras na categoria:
O Pagador de Promessas (1963);
O Quatrilho (1996);
O Que É Isso, Companheiro? (1998);
Central do Brasil (1999);
Ainda Estou Aqui (2025).
A primeira indicação de um filme brasileiro ao Oscar aconteceu em 1960, com Orfeu Negro, em outras categorias.
Fernanda Torres, que dá vida à protagonista Eunice, e Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva, destacaram a relevância histórica e emocional do filme. Segundo Torres, “essa é uma obra que reflete uma parte dolorosa e necessária da história brasileira”.
Agora, o país aguarda com expectativa o desfecho dessa trajetória no Oscar, torcendo para que Ainda Estou Aqui finalmente traga o tão aguardado prêmio para o cinema nacional.