
Moradores de diversas regiões periféricas de São Paulo convivem há mais de uma década com cortes de água, que acontecem diariamente, sem aviso ou explicação. As interrupções ocorrem principalmente à noite e nos finais de semana.
Segundo a legislação federal e a regulação estadual da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), a concessionária tem a obrigação de garantir o fornecimento de água em quantidade satisfatória, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Interrupções são admitidas em casos de manutenção, emergência ou manipulação indevida da rede.
Em nota enviada à Folha de S.Paulo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirmou que faz uma adequação na rede de água durante a noite, quando o consumo é menor.

A chamada “gestão de demanda” é um mecanismo que empresas de saneamento usam para reduzir perdas no sistema. Durante períodos de menor consumo, a pressão da água é reduzida para evitar vazamentos e rompimentos de tubulações.
Em resposta a reclamações no Reclame Aqui sobre o problema e em uma página antiga de seu site, a Sabesp comparou a redução de pressão na rede de abastecimento ao funcionamento do transporte público à noite. “É algo semelhante ao que ocorre à noite, por exemplo, com o transporte público. Com menos demanda, reduz-se a circulação de ônibus”, disse.
A Arsesp afirmou que a situação do abastecimento na região metropolitana de São Paulo é acompanhada “atentamente”.