Policia Federal. Foto: Divulgação

Trocas de mensagens entre os presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (11) indicam que dois deles, ambos funcionários públicos, estavam cientes da existência de uma minuta de decreto que visava manter um político no poder após sua derrota nas eleições.

A quebra de sigilo da operação revelou que os funcionários públicos Marcelo Bormevet, que atuava na Presidência da República, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército em exercício na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desde dezembro de 2022, sabiam do plano para um golpe de Estado. Em mensagens trocadas, ambos discutiam a possibilidade de o político assinar a minuta do decreto de intervenção.

Um print divulgado pela PF mostra Bormevet referindo-se ao decreto como “a bomba do decreto” e ao político como “PR imprevisível”. Bormevet questiona Rodrigues se o político já havia assinado o decreto, e Rodrigues responde: “Assinou nada. Tá foda essa espera, se é que vai ter alguma coisa”. Bormevet então comenta: “Tem dia que eu acredito que terá, tem dia que não”.

Troca de mensagem entre policiais comprova que eles estavam cientes de tentativa de golpe. Foto: Reprodução

Para a PF, a troca de mensagens é uma das provas de que os funcionários públicos estariam diretamente envolvidos na tentativa de golpe. Ambos tiveram mandados de prisão decretados e foram afastados dos cargos públicos que ocupavam.

O inquérito aponta que os funcionários públicos usavam recursos da PF para agir clandestinamente, formando uma organização criminosa que utilizava recursos da Abin e outras instituições para “atacar instituições, opositores e descredibilizar o sistema eleitoral, essencialmente por desinformação”.

A operação, em sua quarta fase, prendeu quatro pessoas na manhã desta quinta-feira. Eles são suspeitos de integrar uma “Abin paralela” sob o governo do político. O inquérito revelou que eles atuavam no “gabinete do ódio”, disseminando notícias falsas e incitando ataques contra autoridades e jornalistas.

A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes autorizou buscas em relação a sete investigados: Mateus De Carvalho Sposito, José Matheus Sales Gomes, Daniel Ribeiro Lemos, Richards Dyer Pozzer, Rogério Beraldo De Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link

Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 11/07/2024