Segundo a agência de notícias Reuters, uma autoridade israelense afirmou que o Hamas concordou verbalmente, nesta quarta-feira (15), com a proposta de cessar-fogo mediada por autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, mas aguarda mais detalhes para uma aprovação oficial. Apesar disso, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nega que o grupo tenha aceitado o acordo.
“Contrário aos relatos, a organização terrorista Hamas ainda não respondeu ao acordo”, declarou o governo israelense em nota.
Segundo fontes da AFP, a trégua já foi aprovada por outro grupo aliado do Hamas, a Jihad Islâmica. “As facções da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram aos mediadores sua aprovação do acordo de troca e cessar-fogo”, disse uma fonte sob anonimato.
A proposta debatida estabelece um cessar-fogo inicial de seis semanas, durante o qual 33 reféns israelenses seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos. Esse período incluiria também a retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza e o retorno de palestinos deslocados ao norte do território.
Uma segunda etapa prevê a libertação dos demais reféns e a implementação de um cessar-fogo permanente, com a saída completa de tropas israelenses do enclave. Atualmente, estima-se que 98 reféns israelenses ainda estejam vivos sob poder do Hamas, de acordo com informações do site Axios.
No entanto, uma questão permanece em aberto: quem governará Gaza após o conflito. Israel rejeita tanto o retorno do Hamas ao poder quanto o controle pela Autoridade Palestina, que, por sua vez, defende ser a única entidade legítima para administrar o território.
Autoridades dos Estados Unidos, incluindo o presidente Joe Biden, intensificaram a pressão para que um acordo seja fechado nos próximos dias. Biden, em contato telefônico com Netanyahu, destacou a necessidade de cessar-fogo imediato, retorno dos reféns e aumento da ajuda humanitária em Gaza.
A guerra, iniciada após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, segundo autoridades palestinas. O enclave enfrenta uma grave crise humanitária, com grande parte da infraestrutura destruída e milhões de pessoas deslocadas.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirmou que o país está empenhado em concluir as negociações. “Estamos trabalhando duro para garantir um acordo que encerre a guerra e permita a libertação dos reféns”, disse.
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