O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, permaneceu fechado por mais de quatro horas na madrugada e início da manhã da última quarta-feira (2) após a morte de um funcionário terceirizado. O acidente ocorreu durante a manutenção da pista de pousos e decolagens, em uma demonstração das péssimas condições de trabalho em setores privatizados, resultado da imposição da necessidade de lucros e da relação custo x benefício em todas as linhas, colocando vidas em risco.
A Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), concessionária que administra o aeroporto, confirmou o acidente. Em nota, a concessionária afirmou: “durante atividades de manutenção na pista de pousos e decolagens do aeroporto, houve um acidente envolvendo profissionais e veículos da empresa prestadora de serviços, resultando no óbito de um dos técnicos que atuava no local e que trabalhava para uma empresa terceirizada”.
O acidente foi comunicado à 1h50, e a morte do trabalhador, identificado como Rodrigo Augusto Lucena Barros, de 46 anos, foi confirmada às 2h03. As operações do aeroporto foram suspensas e reabertas apenas às 6h26.
Devido ao fechamento do aeroporto, nove voos foram cancelados e 12 atrasos foram registrados. A ABV expressou “profundo lamento pelo ocorrido e seguirá prestando apoio às investigações”.
O boletim de ocorrência descreve que Rodrigo Augusto Lucena Barros trabalhava para uma empresa terceirizada e foi atropelado por uma caminhonete de outra empresa durante a manutenção da pista. O veículo era dirigido por um homem de 48 anos que avaliava as condições de atrito da pista.
A Azul, que tem Viracopos como seu principal hub, afirmou que suas operações com origem ou destino no terminal foram impactadas pelo fechamento momentâneo do aeroporto. Dez voos foram alternados para outros aeroportos, e cinco voos com destino a Campinas e outros cinco com partida de Campinas precisaram ser cancelados.