O advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, preso pela PF durante operação em Palmas – Foto: Reprodução

Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, advogado preso pela Polícia Federal (PF) durante operação em Palmas, recebia um salário bruto de quase R$ 23 mil como assessor jurídico no Ministério Público do Tocantins (MPTO). Ele foi detido na terça-feira (18) e exonerado do cargo no mesmo dia, segundo nota do MPTO. A operação investiga o vazamento de decisões judiciais e conta com mandados autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O suspeito trabalhava no gabinete do procurador Ricardo Vicente da Silva, também alvo da investigação. Conforme o portal da transparência, o advogado, que estava lotado na 3ª Procuradoria de Justiça desde 2020, recebia R$ 19,6 mil de salário mais R$ 3,1 mil de verba indenizatória. Nos dois primeiros meses de 2025, os valores líquidos ficaram acima de R$ 17,6 mil. Em 2024, o rendimento anual bruto foi de R$ 311 mil.

A operação é um desdobramento da Sisamnes, que apura crimes como obstrução de justiça, corrupção e violação de sigilo funcional. Além de Thiago, o ex-prefeito de Almas e jornalista Goianyr Barbosa, pai do advogado, também foi preso. Ele teria jogado uma mochila com R$ 22,5 mil pela varanda ao notar a presença da PF em sua casa. A defesa afirma que ele pensou se tratar de um assalto.

O ex-prefeito de Almas e jornalista Goianyr Barbosa, pai do advogado preso pela PF – Foto: Reprodução

O ministro Cristiano Zanin, do STF, assinou a decisão que autorizou os mandados. A investigação mira advogados, lobistas, empresários, assessores e magistrados suspeitos de participação no esquema. A PF também determinou o afastamento de funções públicas, proibição de contato entre os envolvidos, retenção de passaportes e impedimento de saída do país.

A defesa do governador Wanderlei Barbosa, tio de Thiago, afirmou que ele não é investigado e não recebeu qualquer informação privilegiada. Também reforçou que nem Thiago nem Goianyr possuem vínculo com o governo estadual. A nota destaca que a conversa citada na investigação ocorreu após a defesa do governador ter acesso legal ao processo.

O MPTO declarou que todas as medidas exigidas pelo Supremo foram cumpridas e reafirmou seu compromisso com a legalidade. A instituição garantiu que seguirá colaborando com as autoridades competentes na apuração dos fatos e confirmou a exoneração de Thiago.

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Last Update: 22/03/2025