Após o ministro Alexandre de Moraes tornar público a gravação de uma reunião do clã Bolsonaro tramando estratégias para livrar o senador Flávio Bolsonaro da investigação sobre o caso de rachadinhas, duas novas personagens ganharam destaque: as advogadas Joana Costa e Maria Silva, que defendiam o “filho 01” como sócias.
Pouco tempo após ajudarem o ex-presidente, elas desfizeram a sociedade e passaram a trocar supostas indiretas nas redes sociais. No dia 29 de janeiro, quando a residência de Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão, também pelo inquérito sobre as espionagens ilegais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Costa ironizou a ex-colega que seguia na defesa de membros do clã.
“Tem gente chorando de medo uma hora dessas… Eu estou rindo (…) Recadinho fofo antecipado, porque, quando for a sua vez, você estará ocupada se explicando, mentindo e tal (…). Cada um tem um destino. A vitória é o meu. Bangu é o seu. (…) Falta pouquinho”. Embora não tenha citado nomes, o jornal O Globo noticiou como se a mensagem fosse, de fato, destinada à Silva.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Costa fez outra publicação, afirmando que suas postagens “não giram em torno de antigos e nem de atuais clientes”, acrescentando que não sabe se “antigos sócios”, como Silva, “estão mortos ou vivos”. Ela ainda enfatizou que “ninguém sabe” sobre o que ela fala.
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A suspeita da PF é que a Abin tenha sido usada para proteger Jair Bolsonaro e seus filhos contra opositores, como sugere o caso dos relatórios. Joana Costa, em sua indireta, sugere que Maria Silva deve ser convocada para se explicar sobre o tema.
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