Em uma recente movimentação que faz parte das estratégias de ajuste fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 28, mudanças significativas na política de reajuste do salário mínimo.
As alterações estipulam que o aumento real do salário mínimo será limitado a uma faixa entre 0,6% e 2,5%, dependendo do desempenho econômico do país e das condições fiscais.
O novo modelo de reajuste está condicionado ao espaço do arcabouço fiscal, o que significa que o salário mínimo poderá ter um aumento mínimo de 0,6% mesmo durante períodos de recessão.
Em cenários de crescimento econômico robusto, o reajuste será limitado a 2,5%. Segundo o ministro, essa medida proporcionará maior previsibilidade na elaboração orçamentária e permitirá a manutenção ou aumento dos investimentos, dependendo da gestão dos recursos.
O ministro reforçou que os reajustes do salário mínimo continuarão superando a inflação, uma prática que havia sido interrompida em administrações anteriores.
A nova metodologia de reajuste continua utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como referência para a correção inflacionária, porém agora com um limite de 2,5% para o aumento real.
As mudanças terão impacto direto em benefícios vinculados ao salário mínimo, como aposentadorias, seguro-desemprego e abono salarial.
O piso nacional poderá atingir R$1.521, caso as regras anteriores fossem mantidas.