O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que o governo federal ainda não descartou a possibilidade de realizar um leilão para a importação de arroz.
A compra do grão é vista como uma estratégia para aumentar a oferta do produto no País e baixar os preços praticados, principalmente no Norte e no Nordeste.
“Os produtores garantiram preços baixos, mas estamos com uma pesquisa em todas as capitais que indicam preços altos. Essa realidade está se estendendo muito. O governo não retirou de seu radar a decisão de fazer o leilão”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo.
O processo de compra havia sido confirmado pelo governo federal após a perda de parte da produção de arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, que corresponde a 70% de toda a produção nacional do grão.
No entanto, produtores garantiram que a perda da produção não seria significativa para justificar a importação e garantiram que não haveria aumento de preços.
“Nosso sentimento é que não houve recuo de preços, embora os produtores tenham afirmado que não sofreram perdas com as enchentes”, disse Teixeira.
Já houve duas tentativas de compra dos grãos, mas os leilões foram anulados após serem encontradas inconsistências nas empresas vencedoras.
Desde então, há uma divergência dentro do governo sobre a realização da importação.
No início do mês, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o leilão não seria mais realizado, dado que o preço do arroz havia se normalizado.