O advogado João Silva. Foto: reprodução

O advogado João Silva de Oliveira, genro do empresário Paulo Junqueira, está sob investigação da Polícia Federal (PF) por sua conexão com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias. Documentos do inquérito, divulgados na segunda-feira (8), revelaram que ele entregou dinheiro em espécie a Bolsonaro em 31 de dezembro de 2022, quando o ex-presidente estava hospedado na residência de Junqueira em Orlando, nos Estados Unidos.

Segundo a PF, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mencionou em mensagens que Silva entregou o dinheiro em um envelope, questionando se era o “cartão do Junqueira”. Marcelo Câmara, ex-assessor, confirmou que a entrega ocorreu. A investigação apurou que Silva viajou dos EUA para o Brasil entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.

Já a troca de mensagens entre Cid e Câmara, datada de 18 de janeiro de 2023, aconteceu enquanto o ex-assessor acompanhava Bolsonaro em Orlando. O tenente-coronel mencionou possuir US$ 25 mil com seu pai, o coronel Lourena Cid, sugerindo que o dinheiro poderia ser entregue em “cash”, tarefa que teria sido atribuída a Silva.

Os relógios Rolex e Patek Philippe foram enviados aos Estados Unidos no avião presidencial. Foto: Reprodução

João Silva é advogado e ex-secretário do Meio Ambiente de Ribeirão Preto (SP), e trabalha no mesmo escritório que seu sogro, um influente empresário ruralista da região. Paulo Junqueira foi um dos grandes doadores da campanha de Bolsonaro em 2022, contribuindo com R$ 158 mil, além de apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos), indicado de Bolsonaro para o governo de São Paulo, com R$ 108 mil.

Em 2021, Junqueira organizou a recepção de Bolsonaro no aeroporto de Ribeirão Preto para a Agrishow, onde declarou apoio ao ex-presidente. A visita do ex-mandatário causou polêmica, levando ao desconvite do ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro, e à retirada de patrocínio do Banco do Brasil ao evento.

Além disso, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, que participaria de uma palestra, também não foi a Agrishow. Fávaro afirmou que foi constrangido com o convite feito para Bolsonaro, e ressaltou que a organização transformou um evento empresarial em um palanque político.

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Última Atualização: 10/07/2024