Um acordo de trégua entre a República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda, anunciado pela Presidência angolana na terça-feira, 30, está previsto para entrar em vigor no dia 4 de agosto. No entanto, os detalhes específicos, como a duração da trégua e se esta abrirá caminho direto para um acordo de paz permanente não foram divulgados.
Segundo a nota da Presidência angolana, o acordo será monitorado por um “Mecanismo de Verificação Ad Hoc” reforçado, mas não foram fornecidas informações adicionais sobre como este mecanismo funcionará ou quem fará parte dele.
O analista político angolano Agostinho Sikato, que acompanha de perto a crise na RDC, ressaltou a importância da confiança entre as partes envolvidas para que a trégua se transforme em um acordo de paz duradouro. Em entrevista à Voz da América, Sikato destacou que o principal desafio para o mediador, João Lourenço, é garantir que essa confiança seja estabelecida e mantida.
Lourenço, que foi designado Campeão Africano da Paz e Reconciliação pela União Africana, enfrenta uma tarefa árdua. “Se não houver confiança mútua, este acordo pode ter o mesmo destino dos muitos que foram anunciados anteriormente e falharam” afirmou Sikato.