A entrada em vigor das tarifas de 50% impostas por Donald Trump (foto/reprodução internet) sobre o aço e o alumínio importados ameaça transformar o principal trunfo do Brasil no setor em um problema logístico. Como maior fornecedor de aço semiacabado aos EUA, que é responsável por 87% das exportações brasileiras ao país, o Brasil vê-se agora obrigado a vender mais barato para manter mercado e produção ativa, mesmo com a nova taxação. O Instituto Aço Brasil classifica a medida como “preocupante” e alerta para os riscos de desestabilização do comércio internacional.
A aposta do governo brasileiro segue sendo a negociação de cotas, já que a indústria americana depende do insumo brasileiro para manter suas operações. Caso a compra se torne inviável, o prejuízo será mútuo: enquanto as siderúrgicas locais enfrentariam excedente de produção, os Estados Unidos sofreriam com a escassez de placas, um produto que, apesar da retórica protecionista, o país ainda não consegue produzir em volume suficiente.