Uma explosão de grandes proporções, seguida de um gigantesco incêndio, atingiu no sábado, dia 26 de abril, o maior e mais importante porto comercial do Irã, deixando, pelo menos, 40 mortos e mais de 1.000 feridos, de acordo com as primeiras fontes de informação oriundas das autoridades iranianas, depois do primeiro balanço no domingo, dia 27.
As possíveis causas do incêndio ainda são desconhecidas e estão sob investigação, também de acordo com as agências oficiais de notícias da República Islâmica. O presidente iraniano (Masud Pezeshkian) visitou o local e determinou que as causas sejam rigorosamente apuradas.
Imagens captadas por câmeras de segurança mostraram um incêndio começando junto a contêineres em uma área do porto, que depois se espalhou e causou a grande explosão, de acordo com o que declarou o governador da província de Hormozgan, Mohammad Ashouri Taziani.
Em declaração à TV estatal do país, um oficial local de gerenciamento de crises disse que: “A origem deste incidente foi a explosão de vários contêineres armazenados na área do cais do Porto Shahid Rajaee. Estamos atualmente evacuando e transferindo os feridos para centros médicos”.
O local do acidente, o porto de Shahid Rajaee, é determinante para o comércio do país, pois está próximo à importante cidade de Bandar Abbas e da margem norte do estratégico estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 1/5 da produção mundial de petróleo.
De acordo com informações da imprensa estatal iraniana, incêndios continuavam a ser combatidos no domingo (27) em diversas áreas onde ocorreu a explosão. Foram usados helicópteros e bombeiros na tentativa de controlar as chamas.
Buscando explorar politicamente o ocorrido, setores da imprensa internacional, sempre disposta a atacar o Irã, especulam sobre a hipótese de que produtos químicos presentes no porto foram suspeitos de ter contribuído para a explosão, sugerindo que no local do acidente estavam armazenados combustível sólido utilizado em mísseis. No entanto, um porta-voz do ministério afirmou à televisão estatal que a área afetada pela explosão não tinha nenhuma carga militar.
Um comunicado da Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã, afirmou que “a explosão e o incêndio no Porto Shahid Rajaee não têm ligação com refinarias, tanques de combustível, complexos de distribuição e oleodutos relacionados a esta companhia” (G1, 27/4).
Embora não haja, até o momento, qualquer indício de que o acidente esteja relacionado a questões de natureza política ou movimentação militar, a explosão ocorreu no mesmo dia em que o Irã iniciou uma terceira rodada de negociações para um acordo sobre tecnologia nuclear com os Estados Unidos, em Omã.
