O presidente Lula (PT), ao lado da primeira-dama Janja, durante a cerimônia de posse em 2023. Foto: Reprodução.

O presidente Lula participará nesta quarta-feira (8) de uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento, organizado em defesa da democracia, incluirá a reintegração de obras de arte restauradas e diversas etapas para simbolizar a reconstrução institucional após os ataques.

A cerimônia começará às 9h30, com o retorno ao acervo governamental de 21 obras de arte danificadas nos atos de vandalismo promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre elas, destacam-se um relógio de pêndulo do século XVII e uma ânfora portuguesa de cerâmica esmaltada, que exigiram processos de restauração complexos. O relógio foi enviado à Suíça para reparo, enquanto as demais peças foram restauradas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada.

Às 10h30, será apresentada a obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, totalmente restaurada após ter sido furada e rasgada por extremistas durante os ataques. Essa pintura icônica ocupava o terceiro andar do Planalto e simboliza a resiliência da arte diante da violência.

Vândalos fizeram pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter
Vândalos fizeram pelo menos seis rasgos na tela “As Mulatas”, do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

O terceiro momento da solenidade, programado para as 11h, será marcado por discursos de autoridades no Salão Nobre do Planalto. Ministros, parlamentares, governadores e ministros de tribunais superiores estão entre os convidados. Dentre eles, destaca-se Alexandre de Moraes, responsável no STF pelos casos relacionados aos atos golpistas. O STF já condenou 371 pessoas envolvidas nos ataques, cujos prejuízos ultrapassaram R$ 26 milhões.

Abraço pela democracia

O evento será encerrado com o “abraço da democracia” na Praça dos Três Poderes. Lula e outros participantes descerão a rampa do Planalto para formar o gesto simbólico. Um arranjo de flores com a palavra “democracia” será montado no local, reforçando o compromisso com os valores democráticos.

Apesar da ausência confirmada de alguns chefes de poderes, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o evento contará com representantes de destaque. Luiz Edson Fachin, vice-presidente do STF, e Veneziano Vital do Rêgo, vice-presidente do Senado, estarão presentes, assim como os comandantes das Forças Armadas.

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Last Update: 08/01/2025