Alexandre de Moraes sorrindo sem olhar para a câmera
Alexandre de Moraes, ministro do STF – Reprodução

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quarta-feira (16) um relatório que detalha ações ilegais da chamada “Abin paralela”, estrutura montada dentro da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar, sem autorização judicial, autoridades e civis.

O documento revela que a rede de espionagem investigou um gerente-geral chamado Alexandre de Moraes Soares, confundido com o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso. Com informações da CNN Brasil.

Segundo o relatório, sistemas ilegítimos de consulta foram usados para realizar buscas não justificadas por nomes, o que gerou associações equivocadas com homônimos. Um exemplo foi a investigação feita sobre “Alexandre de Moraes Soares”, que vive em São Paulo e trabalha no setor varejista. A PF aponta que três buscas foram feitas sobre ele em maio de 2019, sem qualquer fundamento técnico.

Carlos Bolsonaro com expressão assustada, em close
O vereador Carlos Bolsonaro (PL) – Reprodução

As buscas teriam sido feitas por Thiago Gomes Quinalia, então agente da Abin, que foi demitido por abandono de cargo em dezembro de 2023. Ele atuava em um grupo chamado “Núcleo-evento portaria 157”, responsável por tentar associar autoridades ao PCC. O relatório também aponta que o sistema de espionagem utilizava o software First Mile para monitorar celulares sem autorização judicial e sem o conhecimento das operadoras.

Entre os nomes citados como principais envolvidos estão Alexandre Ramagem, apontado como líder da estrutura criminosa; Carlos Bolsonaro (PL), citado como idealizador do esquema; e Jair Bolsonaro (PL), considerado beneficiário direto. A decisão de tornar o inquérito público foi do próprio ministro Alexandre de Moraes, após a divulgação seletiva de trechos da investigação pela imprensa.

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Last Update: 18/06/2025