Abin fornece dados secretos a Terça Livre, Kim Paim e Oswaldo Eustáquio, obtidos mediante prática ilegal

O relatório da Polícia Federal sobre a Abin Paralela revela que esse “gabinete do ódio” coordenava inúmeros perfis falsos nas redes sociais, como o Twitter (hoje X).

Esses perfis divulgavam as informações colhidas ilegalmente pela Abin, em geral contra desafetos políticos, através de ferramentas e técnicas de espionagem adquiridas e desenvolvidas com dinheiro público.

Os principais operadores desse serviço de espionagem ilegal eram o policial federal Marcelo Araújo Bormevet, cedido a Abin, Giancarlo Gomes Rodrigues, militar, que trabalhava em parceria com Bormevet, Richards Dyer Pozzer, um empresário influencer que mantinha contato diário com a estrutura da Abin Paralela, além de alguns contatos diretos do presidente Jair Bolsonaro, como Matheus Sposito, então assessor na Secom, e Daniel Lemos, assessor legislativo. Alguns foram presos hoje pela Polícia Federal.

O curioso é que os operadores da Abin Paralela suspeitavam que um conhecido propagador de fake news, como Oswaldo Eustáquio, poderia estar sendo monitorado por autoridades, e mesmo assim, faziam questão de alimentá-lo com informações colhidas ilegalmente.

A linguagem usada pelos operadores é curiosa. No diálogo em que falam sobre o contato com Kim Paim, outro famoso propagador de fake news, um deles diz: “já temos por onde escoar o esgoto”.

Abaixo, trechos do relatório da Polícia Federal onde os operadores celebram o contato com três veículos ou jornalistas bastante conhecidos pela truculência, desonestidade e propagação de fake news, como o Terça Livre, o Oswaldo Eustáquio e Kim Paim

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