“Por que negar os bebês assassinados ou estuprados pelo Hamas?”, perguntou a colunista Madeleine Lacsko em seu mais novo texto na Gazeta do Povo, ressuscitando um assunto que poderia ser apenas respondido com “porque nunca aconteceram”. No entanto, o texto é produto da propaganda imperialista feita pelos maiores mentirosos conhecidos, justamente os sionistas, manipulando e contando histórias fictícias desde a fundação do estado artificial de “Israel” com base no sangue de milhares de bebês palestinos, mas também mulheres, homens, idosos e crianças.

O episódio dos “bebês assassinados” rapidamente se tornou uma ladainha amplamente divulgada, não apenas pela imprensa israelense, mas também por veículos internacionais em todo o mundo ocidental. No entanto, o próprio exército israelense, citado em fontes como a Anadolu Agency, desmentiu a alegação, afirmando não possuir confirmação sobre tal atrocidade e reduzindo sua “certeza” a meros “achismos” fantasiosos. Este desmentido já joga por chão a credibilidade das primeiras notícias e a pressa em disseminar informações não verificadas para justificar a carnificina sionista, mas ainda assim é pouco para os sanguinários de “Israel”.

Os textos analisados mostram um padrão de desinformação que tem sido recorrente no massacre promovido contra o povo palestino. A máquina de propaganda imperialista, como referido em diversas ocasiões, manipula a opinião pública através de notícias apelando para o emocional de pessoas despolitizadas com histórias infundadas, criando uma versão da realidade que demoniza grupos como o Hamas, que agem na resistência heroica de seu povo, enquanto ignora e defende as atrocidades cometidas pelo Estado de “Israel”.

Em outubro do ano passado, o sítio norte-americano The Grayzone publicou uma matéria intitulada “Source of dubious ‘beheaded babies’ claim is Israeli settler leader who incited riots to ‘wipe out’ Palestinian village” (Max Blumenthal, Alexander Rubinstein, 11/10/2023), divulgando o responsável pela mentira dos “bebês assassinados” pelo Hamas. Trata-se do soldado da reserva israelense David Ben Zion. Segundo o órgão americano, Zion teria dito a uma repórter que militantes palestinos “cortaram cabeças de bebês”, o que a imprensa internacional tratou de difundir sem qualquer preocupação com a verificação da afirmação, posteriormente negada pelo Exército de Israel.

Ben Zion, destaca o The Grayzone, é o vice-comandante da Unidade 71 do exército israelense e também um líder colono ativo na violenta repressão contra os palestinos, com o órgão destacando uma ocorrida na Cisjordânia ocupada, no início deste ano. Só isso já seria o bastante, mas ainda assim o presidente norte-americano Joe Biden, conhecido como “Genocide Joe”, repetiu essa história dos 40 bebês. No entanto, a realidade volta para o fato de que nem o presidente norte-americano e nem qualquer autoridade do país jamais viram fotos de bebês israelenses assassinados, fazendo com que a Casa Branca emitisse um comunicado dizendo que nunca aconteceu. Segundo informações do sítio Monitor do Oriente Médio (MEMO), um porta-voz da Casa Branca afirmou ao órgão do imperialismo norte-americano The Washington Post que o presidente dos EUA, Joe Biden, nem qualquer autoridade americana viu fotografias de bebês assassinados, retratando-se da mentira repercutida.

“Vimos a notícia, mas não temos detalhes ou confirmação sobre isso,” declarou um porta-voz das forças sionistas à agência de notícias turca Anadolu (“Israeli army says it does not have ‘confirmation’ about allegations that ‘Hamas beheaded babies’“, Turgut Alp Boyraz, 10/10/2023), declaração do próprio exército israelense.

O caso é simples e fica claro como imprensa trabalha contra a Palestina e faz campanha mentirosa para tentar justificar o genocídio em marcha que está sendo organizado pelo Estado de Israel junto do imperialismo contra o povo palestino. Aqui no Brasil a suposta decapitação de 40 bebês tomou a manchete de todos os jornais golpistas, entre eles, O Globo e o Estadão. Esse tipo de informação acaba ficando registrada pelas pessoas mais desavisadas.

Outro ponto que essa imprensa calhorda não toca e nem coloca em questão é o problema dos reféns. Segundo eles, o Hamas estaria fazendo refém cerca de 200 israelenses. Mas nunca falaram que existem 19 prisões dentro de Israel e uma na Cisjordânia ocupada que abrigam prisioneiros palestinos. São um total de 5.200 palestinos reféns, dentre estes, 33 mulheres e 170 crianças.

Ou seja, de um lado, temos 40 crianças assassinadas pelo Hamas das quais não existe um único registro, um único nome, um único relato concreto. Não existe absolutamente nada, é uma farsa completa inventada pela ocupação nazista “israelense“ para justificar a sua matança na Palestina. Matança que, como apontado pela Al Jazeera, ceifou a vida de milhares de crianças. Dessas crianças, sim, não faltam registros macabros que deixam claro a vontade de “Israel“ de varrer da face da terra todo e qualquer palestino.

Para essa imprensa canalha, a qual a senhora Madeleine Lackso pertence, a verdade ou está morta, ou não existe.

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Última Atualização: 28/07/2024