Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realiza, entre os dias 7 e 9 de agosto de 2025, (com as delegações chegando já no dia 06) o seu 6º Congresso Nacional. O encontro, que acontecerá no SENAI CIMATEC, em Salvador (Bahia), promete ser um marco histórico na trajetória da central e do sindicalismo classista brasileiro.

Faltando uma semana para o evento, o presidente da CTB, Adilson Araújo, reforça o caráter estratégico e o simbolismo do congresso, que ocorre em um momento decisivo da conjuntura nacional e internacional. “Estamos às vésperas do maior empreendimento do sindicalismo classista brasileiro. Os desafios contemporâneos do século XXI exigem um posicionamento firme em defesa da soberania, da democracia, do emprego e da liberdade do nosso país”, afirma.

Adilson pontua que o anúncio recente do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos ao Brasil exige resposta política e unidade da classe trabalhadora. Para ele, o pano de fundo dessa medida está diretamente relacionado ao protagonismo crescente do Brasil no cenário internacional, especialmente nas articulações do BRICS e diante da ascensão da China, que tem desafiado a hegemonia estadunidense. “O mundo vive um redesenho geopolítico. A crise profunda que mergulha os EUA e a expansão multipolar liderada pela China evidenciam esse novo tempo. Enquanto os norte-americanos seguem financiando guerras e ocupações, a China aposta na diplomacia e no desenvolvimento”, destaca.

O 6º Congresso Nacional será, segundo o presidente da CTB, um espaço vital de congraçamento, formulação política e reafirmação das lutas do movimento sindical. “Vamos debater a complexa conjuntura mundial, fazer uma leitura precisa da realidade brasileira e planificar uma nova estratégia de resistência, com foco na defesa dos direitos e da valorização do trabalho”, afirma Adilson.

Entre as principais bandeiras que devem pautar os debates estão a defesa de uma mudança profunda na política macroeconômica — com redução da taxa de juros para impulsionar o desenvolvimento —, a redução da jornada de trabalho sem corte de salários e o fim da escala 6×1, além da igualdade salarial entre homens e mulheres.

A CTB também reafirma o apoio às medidas de justiça fiscal e combate às desigualdades. “É hora de taxar os super-ricos, os lucros, os dividendos e os grandes patrimônios. A aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos da proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais é um passo importante, mas ainda é preciso avançar muito”, defende o dirigente.

Com o lema da resistência e da soberania nacional, a CTB chega ao seu 6º Congresso fortalecida e comprometida com a luta por um Brasil mais justo, próspero, democrático e humano. “Estamos confiantes de que este será um momento de elevação da autoestima da classe trabalhadora e de renovação do nosso projeto nacional de desenvolvimento, com trabalho, dignidade e liberdade no centro da agenda”, conclui Adilson Araújo.

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Last Update: 31/07/2025