À sombra do pai

por Ricardo Mezavila

Eduardo Bolsonaro está se desdobrando para manter a base de apoio do pai, mesmo com a possibilidade de ser indiciado por conspiração contra a soberania nacional.

Próximo de viver seu inferno, o traidor da pátria aumenta o arsenal de impropérios e fala sobre a possibilidade de ser candidato à presidência: “se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz” – afirmou Eduardo.

E continuou, “mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas”.

Parece que ignora que seu pai está a poucos dias de ser engaiolado por chefiar uma organização criminosa armada, que tentou empurrar o país em um abismo profundo, de futuro incerto.

Ainda sobre o pai, disse Eduardo: “acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel pra gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato”.

Saindo da boca de um fascista, a frase “corrigir a democracia brasileira”, é uma agressão à história, além de insulto à nossa inteligência.

A extrema direita brasileira vive em um mundo paralelo, numa realidade distorcida, percebendo coisas que os outros não percebem. Vivem em uma sociedade alternativa coexistente com a nossa, com leis físicas e histórias diferentes.

Ricardo Mezavila, cientista político

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Last Update: 01/06/2025