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E se os skatistas antifascistas repetissem em todas as capitais e também em cidades do interior o que fizeram no domingo na Avenida Paulista, com o protesto contra Bolsonaro antes da aglomeração organizada por Malafaia?
Stakista é o que não falta no Brasil. Desde os protestos do inverno de 2013, que no fim puxariam a classe média para as ruas contra Dilma, os jovens não nos surpreendem com atos políticos de impacto.
Mas, se um levante histórico tivesse sido iniciado em São Paulo, para ficar marcado como A revolta dos skatistas que acionou o fim do fascismo no Brasil, não haveria uma imagem boa como documento da manifestação.
Não há, além de um vídeo de Fabio Vieira, divulgado pelo Metrópoles, em que os skatistas aparecem entrando na avenida e são filmados pelas costas, nenhuma imagem razoável sobre o protesto.
O que prova que também nessa área a extrema direita dá de 7 a 1 nas esquerdas. Essa foto que aparece aí não é, como possam achar que seja, da manifestação desse domingo.
É de um protesto de skatistas contra Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo, no verão de 1988. Jânio proibiu que andassem de skate em parques e ruas da cidade, porque era um esporte muito perigoso. Nem de bicicleta podiam andar em calçadas e áreas verdes urbanas.
A proibição só foi revogada em 1989, no primeiro ano da gestão de Luiza Erundina. Muitos dos skatistas daqueles protestos são vovôs e vovós hoje. Quantos devem ser bolsonaristas?
Mas não sabemos nem quantos eram os skatistas desse domingo. Falam genericamente em dezenas de jovens na Paulista. Falar de dezenas é não dizer nada.
Nem estimativa de um grupo de guris o jornalismo faz mais. Abaixo, o vídeo do DCM: