A República do improviso 

Donald Trump(foto/reprodução internet), como se sabe, governa pela garganta e opera em ziguezague: dispara ameaças, recua em seguida, e reaquece a tensão no dia seguinte.  O mercado amanheceu aliviado porque Trump, num de seus recuos cíclicos, sugeriu que as tarifas com a China não são eternas e que Jerome Powell, presidente do Fed, pode, afinal, dormir em paz — ao menos por ora. Um presidente que ameaça de manhã, recua à tarde e desdiz-se à noite reduz a política econômica a um teatro de impulsos. Isso não é estratégia; é tática de sobrevivência. Trata-se de um “presidencialismo de palanque eletrônico”, onde cada tuíte vale mais que uma ata do Fed. O resultado é previsível: confiança em frangalhos, planos de longo prazo adiados e um mundo que cresce olhando para o retrovisor — esperando o próximo sobressalto. 

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