A deputada federal Carla Zambelli – Foto: Reprodução

Na terça-feira (3), Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A parlamentar comunicou que pretende denunciar no exterior o que chama de “abusos” do Judiciário e se licenciou do mandato. Ela, que chamou o Parlamento de “covarde”, disse que está na Itália e, por ter cidadania italiana, não pode ser deportada para retornar ao território brasileiro. Após a declaração, parlamentares de direita expressaram apoio; a família Bolsonaro, no entanto, preferiu se manter em silêncio.

Em entrevista à Rádio Auriverde, Zambelli explicou os motivos de sua saída e recebeu manifestações de solidariedade de colegas.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, criticou o que considera tratamento desigual. “Inúmeros políticos de esquerda investigados por corrupção, há anos seguem livres, tem até réu confesso de rachadinha. Mas, quando se trata de uma deputada de direita e conservadora, a Justiça corre — e atropela”, declarou.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também demonstrou apoio à parlamentar cassada. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) comentou o caso e classificou Zambelli como vítima da “ditadura da toga”.

Apesar disso, membros da família Bolsonaro preferiram comentar outros assuntos e ignoraram Zambelli.

Carlos Bolsonaro focou no caso das fraudes no INSS – iniciado no governo de seu pai -, enquanto Flávio compartilhou dados de uma pesquisa desfavorável a Lula (PT).

Eduardo, por sua vez, rebateu críticas feitas pelo presidente sobre sua atuação nos Estados Unidos, onde tenta articular sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), junto ao governo americano.

Bolsonaro republicou dados de outra pesquisa eleitoral e trechos do depoimento do general Freire Gomes ao STF, mas não comentou sobre a parlamentar.

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Last Update: 04/06/2025