A ameaça feita pelo governo de Donald Trump em impor tarifas de 50% à União Europeia e percentuais elevados a outros parceiros comerciais foi colocada em xeque depois que juízes federais bloquearam a cobrança de diversas taxas.
A decisão proferida pelo Tribunal de Comércio Internacional dos EUA foi recebida com cautela tanto por especialistas em comércio como por parceiros comerciais norte-americanos.
A sentença bloqueia (pelo menos temporariamente) diversas tarifas decretadas por Washington sobre diversos parceiros comerciais após anúncio efetuado no início de abril.
Agora, tais tarifas estão fixadas em 10%, mas devem aumentar para níveis mais altos, que variam de acordo com o país, no início de julho, após uma “pausa” de 90 dias que o governo Trump decretou para permitir as negociações.
Reportagem do jornal The New York Times destaca que o governo já recorreu da decisão e conseguiu manter as tarifas cobradas nos patamares atuais.
Por conta disso, pode-se dizer que a decisão tomada pelo tribunal de comércio ofereceu “uma chance frágil de alívio” para mercados como Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, União Europeia e Índia, mas o caos tributário não parou.
Assessores de Trump dizem que uma decisão desfavorável poderia enfraquecer o poder de negociação do governo – vale lembrar que as tarifas mais altas têm sido usadas como instrumento de barganha em negociações comerciais.
Não se sabe ao certo se o governo encontraria algum tipo de mecanismo para contornar a decisão judicial, que pode desencadear um longo período de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais afetados.