Papa enfrenta críticas por receber padre acusado de abuso sexual infantil. Foto: Divulgação

O novo papa da Igreja Católica, Leão XIV, nascido Robert Francis Prevost, já foi acusado de acobertamento de abusos sexuais cometidos por padres nos Estados Unidos e no Peru. A trajetória do atual pontífice é marcada por episódios que levantam questionamentos sobre sua atuação em casos de violência sexual dentro da Igreja.

Em 2000, quando era responsável pela Ordem de Santo Agostinho em Chicago, Prevost autorizou que o padre James Ray, acusado de abusar sexualmente de crianças, morasse em um priorado localizado próximo a uma escola católica. A presença do religioso no local não foi comunicada à instituição de ensino, gerando críticas e preocupação na comunidade.

Ray já havia sido proibido pela Igreja de manter contato com fiéis devido à credibilidade das denúncias contra ele. Em resposta à repercussão, a Ordem afirmou que o padre era monitorado por outro religioso.

Em 2002, após a adoção de regras mais rigorosas pela Conferência dos Bispos dos EUA, Ray foi transferido para outra residência. Apesar do episódio, Prevost foi promovido à liderança nacional da ordem agostiniana no ano seguinte.

O eleito Papa Leão XIV, ao lado do Papa Francisco, em fevereiro de 2025. Foto: Divulgação

A carreira de Prevost seguiu fora dos EUA. Como bispo em Chiclayo, no Peru, entre 2015 e 2023, o então cardeal foi novamente acusado de ignorar denúncias de abuso sexual.

Três freiras afirmaram que Prevost não tomou providências após relatar que haviam sido vítimas de dois padres. A diocese alegou, na época, que o então bispo aconselhou as mulheres a procurarem a polícia. O processo judicial foi arquivado devido à prescrição, e o processo canônico interno também não avançou.

Outro episódio grave ocorreu sob sua liderança em Chiclayo: segundo o canal TV América, Prevost teria arquivado denúncias de abuso sexual contra três meninas, supostamente cometidos por dois sacerdotes em uma casa paroquial. A diocese peruana, à época, não se pronunciou diretamente sobre esse caso.

Apesar dos escândalos, Leão XIV foi nomeado pelo papa Francisco em 2023 para comandar o poderoso dicastério responsável pela nomeação de bispos ao redor do mundo, antes de ser eleito o novo líder máximo da Igreja Católica em 2025.

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Last Update: 08/05/2025