Nos dias 6 e 7 de julho, o Brasil vai sediar a Reunião de Cúpula do Brics, no Museu de Arte Moderna (MAM), na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (que dão nome à sigla) cresceu com a inclusão de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, passando a ter onze membros.
Apesar de agregar maior relevância, a presidência brasileira do bloco não tem sabido articular pautas relevantes de interesse comum. É o que avalia o economista Paulo Nogueira Batista Júnior no vídeo: “A presidência brasileira dos Brics vai fracassar?”
Como afirma, a “presidência brasileira, infelizmente, está sendo tímida, pouco inventiva. Não se nota uma mobilização do governo, inclusive não apenas dos ministros e das equipes, mas também do próprio Presidente da República que poderia estar mais engajado.”
Leia mais: Vietnã é oficializado como novo parceiro do Brics
Na sua avaliação, é uma pena que isto aconteça, pois as decisões no Brics podem ter “efeito sobre a situação econômica, política e mundial, se atuarem conjuntamente.” Mas para isso acontecer, indica, é fundamental a apresentação de propostas e a pressão por realizações.
No entanto, não é isso que está acontecendo. Prova disso, explica, é a data da Cúpula no meio do ano, que considera ser sintoma de “fraqueza”.
“Ao marcar a cúpula para o início de julho, o governo brasileiro, na verdade, arrisca reduzir a presidência brasileira efetivamente a um semestre. É possível contornar essa limitação e dar mais tempo ao Brasil de organizar uma discussão mais profunda até o final de 2025. Há maneiras, por exemplo, marcando uma série de reuniões de ministros, de presidentes de Banco Central, de assessores, secretários e chefes ao longo do segundo semestre. E culminar esse trabalho com o novo encontro dos líderes dos Brics por ocasião da Cúpula do G20, que acontecerá na África do Sul, em novembro.”
Segundo o economista, essa seria uma oportunidade a ser concretizada pelo país: “Espero que o Brasil ainda se mobilize para evitar desperdiçar a oportunidade que lhe foi dada de presidir os Brics num momento tão especial.”
Confira a análise completa no vídeo abaixo: