Deflagrada em 29 de junho de 1944 pelo Exército Vermelho soviético, a Ofensiva de Minsk foi uma das maiores e mais decisivas operações militares da Segunda Guerra Mundial, constituindo a segunda fase da Operação Bagration. Esta ofensiva visava aniquilar o Grupo de Exércitos Centro da Alemanha nazista, que ocupava a Bielorrússia e representava uma ameaça estratégica ao avanço soviético para o oeste. Para isso, as forças soviéticas mobilizaram uma colossal máquina de guerra, com milhões de homens, milhares de tanques e aeronaves.
A Operação Bagration, da qual a Ofensiva de Minsk fazia parte, foi lançada em 22 de junho de 1944, marcando o terceiro aniversário da invasão nazista da União Soviética. A primeira fase da operação, conhecida como Vitebsk-Orsha, Bobruysk e Polotsk, já havia desestruturado as linhas alemãs. A Ofensiva de Minsk, no entanto, foi o golpe decisivo, caracterizada por uma manobra de pinça em larga escala que visava cercar e destruir completamente as forças nazistas na região da capital bielorrussa.
As forças soviéticas empregaram uma estratégia militar de profunda penetração e coordenação entre diferentes frentes. O 1º e o 3º Fronte Bielorrusso, sob o comando dos generais Konstantin Rokossovsky e Ivan Chernyakhovsky, respectivamente, realizaram avanços rápidos e coordenados. A velocidade do avanço soviético foi crucial, impedindo que as tropas alemãs se reagrupassem ou recebessem reforços. A coordenação entre infantaria, blindados e a Força Aérea Vermelha (VVS) foi exemplar, garantindo a superioridade soviética em todos os fronts.
Do lado alemão, o Grupo de Exércitos Centro, comandado pelo Marechal de Campo Ernst Busch e, posteriormente, por Walther Model, era uma das formações mais experientes da Wehrmacht. Contudo, suas forças estavam desgastadas por anos de combates e pela rigidez das ordens de Hitler, que proibiam retiradas estratégicas. A doutrina de “terra arrasada” e a intransigência em manter posições a todo custo condenaram as forças alemãs ao cerco.
Em termos de cifras, a Ofensiva de Minsk envolveu um número impressionante de tropas e equipamentos. As forças soviéticas contavam com cerca de 1,2 milhão de homens, apoiados por aproximadamente 4 mil tanques e canhões autopropulsados, além de mais de 6 mil aeronaves. O Grupo de Exércitos Centro, por sua vez, dispunha de cerca de 400 mil a 500 mil homens, com um número consideravelmente menor de blindados e aeronaves. A disparidade de forças, aliada à superioridade tática soviética, selou o destino das forças nazistas.
A cidade de Minsk foi libertada em 3 de julho de 1944. A operação resultou em uma das maiores catástrofes militares da Alemanha nazista na guerra.
Cerca de 105 mil a 130 mil militares alemães foram mortos, feridos ou capturados em apenas alguns dias, com grande parte do Grupo de Exércitos Centro sendo aniquilada. A vitória soviética abriu um vasto corredor para o avanço em direção ao oeste, em direção à Polônia e à Alemanha, e demonstrou a capacidade do Exército Vermelho de realizar operações ofensivas em larga escala, marcando um ponto de virada decisivo na Frente Oriental e na Segunda Guerra Mundial.