Não sei qual a fixação de Elio Gaspari por Costa Cavalcanti, o militar que supervisionou a construção de Itaipu.
Em diversas oportunidades, Gaspari coloca-o como símbolo da moralidade. Hoje voltou a repetir em sua coluna.
Um dia Gaspari explicará o motivo de tal obsessão. Desinformação, não é. Gaspari é autor de uma trilogia que entrou pelas porões da ditadura – ainda que sob o filtro de sua obsessão por Golbery do Couto e Silva.
O embaixador José Jobim foi assassinado pela ditadura depois que, em um coquetel, anunciou sua intenção de denunciar a corrupção na construção de Itaipu.
Durante décadas, sua morte foi atribuída a suicídio, até que viesse à tona através da Comissão da Verdade.
Costa seria um caso raro de chefe de uma obra envolta em corrupção, cujos beneficiários assassinavam quem ousasse denunciar, mas que saiu pobre, honrado e enaltecido como varão de Plutarco.
