A defesa do jogador Robinho protocolou, nesta sexta-feira 6, um recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão que determinou a execução da sua pena por estupro no Brasil. O ex-atacante foi condenado em 2017 pela Justiça italiana.
Ele foi preso no dia 21 de março de 2024, depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu a decisão que o condenou, ao lado de outros homens, por estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013.
O ex-jogador já entrou com um recurso anteriormente no Supremo, mas a maioria dos ministros rejeitou os argumentos da defesa. Nesta nova manobra, os advogados de Robinho alegam que o STF teria sido omisso ao julgar o recurso e pedem que o ministro Luiz Fux, relator do caso, reconsidere a decisão.
Eles alegam que o cumprimento da sentença no Brasil é desrespeito à soberania nacional e ao direito do cidadão brasileiro de ser julgado pelo Poder Judiciário do Brasil. “Seria um verdadeiro contrassenso, data maxima venia, negar a possibilidade de extradição, mas permitir que a decisão lá lavrada pudesse ser executada entre nós. Seria o mesmo de dar com uma mão e tirar com a outra”, diz o documento.
Relembre o caso
Robinho, que na época jogava pelo Milan, clube italiano, foi condenado na Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013. Não cabe mais recurso na Justiça do país europeu.
No curso das investigações, a Justiça da Itália teve acesso a gravações de várias ligações telefônicas entre Robinho e os demais condenados. Nas conversas, eles chegam a rir da situação, desdenhando da possibilidade de serem condenados.