Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Fernando Haddad (foto/reprodução internet) chamou a atenção para um fato político importante, fundamental mesmo, que está passando despercebido por nós, cidadãos comuns, que vivemos cobrando ações governamentais para corrigir distorções seja na economia, seja em qualquer outro setor. Ao comentar o encaminhando do novo arcabouço fiscal para o país, visando a correção do déficit estrutural da economia que persiste desde 2015, Haddad afirmou que a solução depende muito mais do Congresso do que do Executivo. “Queremos vencer essa etapa, mas depende muito mais do Congresso. Hoje nós vivemos um quase parlamentarismo. Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso. Não era assim. Um veto presidencial era uma coisa sagrada. Derrubar um veto do presidente da República era uma coisa que remotamente era pensada. Hoje é uma coisa: “Vamos derrubar?” E derruba”. Dentro desta nova realidade política, fica difícil saber se o Governo conseguirá manter o arcabouço de pé. E num momento de radicalização política, como vivemos, este “parlamentarismo” vivido no país, fruto da radicalização política, só atrapalha o encaminhamento de soluções para nossos problemas. Com um agravante: a qualidade de nossos políticos.
