A posse de Donald Trump nos Estados Unidos marca um momento de grande apreensão para aqueles que defendem os valores democráticos e a soberania dos povos. O retorno de Trump ao poder reintroduz ao cenário global uma agenda que combina egoísmo nacionalista, ataques à cooperação internacional e o avanço de ideias neofascistas e neonazistas, derrotadas com tanto sacrifício na Segunda Guerra Mundial.

Um retrocesso na saúde global e nos direitos humanos

A decisão de Trump de retirar novamente os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) simboliza uma postura de desprezo pelas causas coletivas da humanidade. Essa medida enfraquece a capacidade global de combate às epidemias e às crises sanitárias, principalmente nos países mais vulneráveis. Além disso, a anistia concedida a golpistas envolvidos na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 representa um perigoso sinal de normalização do extremismo.

Essas atitudes não só demonstram o descompromisso com o bem-estar coletivo, mas também reforçam um projeto de poder que se alimenta do medo, da desinformação e da polarização extrema.

Impactos para o Brasil e para o mundo

O Brasil também sentirá os reflexos dessa nova administração norte-americana. A indústria metalúrgica e as exportações de máquinas agrícolas, fundamentais para estados como o Rio Grande do Sul, podem ser prejudicadas com possíveis taxações. Mais alarmante ainda é a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, enfraquecendo a luta global contra as mudanças climáticas, enquanto Trump declara guerra aos carros elétricos e à transição energética.

Ademais, o gesto de Elon Musk durante a posse, com simbolismos associados ao nazismo, é um alerta para a ascensão de uma retórica perigosa e de ideologias que deveriam ter ficado no passado.

Um alerta sobre a subserviência

A postura subserviente de uma parcela da elite política brasileira frente às iniciativas norte-americanas é preocupante. O episódio da comitiva de deputados que viajou aos Estados Unidos para “prestigiar” a posse de Trump ilustra bem isso. Com atitudes que variam entre a bajulação e a vergonha, esses representantes reforçam uma política externa que abre mão da autonomia nacional em prol de interesses alheios.

O Brasil, historicamente, tem se destacado por uma política externa ampla, independente e orientada pela busca do diálogo com todos os países. Esta é uma tradição que precisamos preservar e fortalecer. Não é aceitável que representantes do povo brasileiro se curvem às exigências de qualquer potência estrangeira, especialmente de um governo cuja agenda é claramente contrária aos interesses globais e à dignidade humana.

A necessidade de resistência

Estamos diante de um momento histórico em que é fundamental fortalecer a soberania nacional, o compromisso com os direitos humanos e a luta contra o autoritarismo. É preciso mobilizar a sociedade para enfrentar os desafios que essa nova ordem política internacional nos impõe. O Brasil deve se posicionar como protagonista em defesa da paz, da sustentabilidade e da justiça social.

Como dizia o grande líder comunista João Amazonas, “a história é feita pelos povos que se levantam contra as injustiças”. Este é o momento de resistirmos ao fascismo e de reafirmarmos nossa independência e nosso compromisso com um mundo melhor.

A luta continua!

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Last Update: 22/01/2025