O governo estima que 153,6 mil servidores federais se aposentarão até 2034 – quase 27% do quadro atual. Em tese, seria a chance de enxugar a máquina, mas Brasília, prepara novos concursos. O Ministério da Gestão dimensiona a força de trabalho para repor o que for “necessário”. Especialistas alertam que sem reforma administrativa, repor é apenas repetir os erros. A digitalização avança, reduzindo a necessidade de mão de obra, mas a lógica de criar vagas é mais fácil do que modernizar o Estado. Em 2024, o pico das aposentadorias já bate à porta: 24,2 mil servidores podem sair. Outros 18,1 mil até o fim do governo Lula. O país caminha para a rara oportunidade de reformar sem traumas – e, ao que parece, vai desperdiçá-la na fila do próximo concurso. (Foto/reprodução internet)
