
Aliados do deputado estadual bolsonarista André do Prado (PL), presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), têm estudado uma manobra para emplacá-lo no governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). A ideia é que ele assuma o posto após uma eventual renúncia do atual chefe do Executivo paulista para disputar a Presidência em 2026.
Segundo a Folha de S.Paulo, aliados de André querem convencer Felício Ramuth (PSD), vice-governador, a também renunciar. Com isso, o presidente do Legislativo estadual assumiria o posto de governador e conseguiria, de acordo com o cálculo dos bolsonaristas, ganhar força para a próxima eleição.
O plano é similar ao de Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, que tenta emplacar seu vice, Thiago Pampolha (MDB), em um assento no TCE (Tribunal de Contas do Estado). Ele quer que Rodrigo Barcellar (União), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), assuma a gestão fluminense no ano que vem.
No caso de São Paulo, Tarcísio não estaria envolvido com o plano, de acordo com aliados de André. Ele tem se negado a falar com pessoas próximas sobre uma eventual candidatura presidencial.

Ramuth diz que ainda não foi procurado por ninguém e que não recebeu propostas para disputar uma cadeira na Alesp ou na Câmara. “Já estão arrumando lugar para o Tarcísio e já estão arrumando lugar para mim. Acho esse tipo de conversa bastante precoce”, disse o vice-governador.
O deputado bolsonarista também tem tentado se viabilizar como candidato a vice na chapa de Tarcísio no próximo ano, se optar por não concorrer como governador. O cargo vai depender da decisão do atual chefe do Executivo estadual, que pode buscar a reeleição no próximo ano.
A disputa para o governo também tem sido disputada nos bastidores entre Gilberto Kassab, presidente do PSD; Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital; e Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública que vai se filiar ao PP nesta quinta (22).