Se compararmos a cidade de São Paulo à uma embarcação pode-se, infelizmente, mas com segurança, dizer que esse barco está à deriva.

Não há comando.Não há um timoneiro.O leme foi abandonado por um prefeito que está ausente dos problemas reais da população.

Neste sentido, a má gestão da cidade de São Paulo por Ricardo Nunes, caracteriza-se por negligência premeditada, pelo mais completo descompromisso com seus tripulantes, ou seja, por deixar todos cidadãos, sobretudo, os trabalhadores de baixa renda, à mercê, lançados à sua própria sorte, sem assistência, nem cuidados e, com isso, impactando, assim, de forma negativa, a qualidade de vida das pessoas, então, pergunto: qual o propósito que há para Nunes ostentar o pomposo título de prefeito quando, na prática, tal título, de quem deveria governar, permanece apenas e tão somente mero ornamento de decoração?

Observe a questão da Saúde sob o desgoverno de Ricardo Nunes.Como é possível que, até o presente momento, aquele que pretendeu ser capitão pela segunda vez deste imenso e importante navio ( que é São Paulo), ainda não se prontificou enquanto governante, a resolver o imenso vazio assistencial que há na Saúde, por que?; por que na Região Central da cidade, ainda não há sequer um Hospital Geral? Por que?

Por que, Ricardo Nunes, decidiu, simplesmente, fechar o Hospital da Bela Vista? Digo simplesmente fechar porque fechou sem ter, antes, planejado, organizado e referenciado um outro espaço para acomodar as instalações de um novo hospital para atender às pessoas.

Simplesmente fechou o hospital e pronto. E acredita-se que isto seja gestão.Acredita que isto é eficiência. Fechou por fechar, mas não resolveu o problema.Ao contrário, Ricardo Nunes tornou ainda mais precário o acesso à Saúde no Centro de São Paulo.

Há reivindicações antigas, que os Conselheiros de Saúde ( eleitos pela população local) pleiteiam para sanar esse vazio assistencial sugerindo a criação de ao menos, dois hospitais: um, inclusive, na região da Santa Cecília.No entanto, o tempo vai passando e Ricardo Nunes, “governando”, sem, no entanto, atender as reais expectativas das pessoas.

Por que até agora, Ricardo Nunes, não se reuniu com os Conselheiros de Saúde e os especialistas da área para dialogar e elaborar estratégias para sanar esse vazio assistencial da Saúde?

Ocorre que Ricardo Nunes, talvez, tenha em mente que se iniciar uma obra para a criação de 1 ou 2 Hospitais Gerais, no Centro, quando o navio atracar ao final do seu mandato, os mesmos não terão sido concluídos, recaindo, então, à seu sucessor, o mérito pelo fato da obra ser finalizada em outra gestão.

Mas, francamente, como é possível a um governante pensar tão pequeno?.Ocorre que governantes como Ricardo Nunes só pensam em obras de curto prazo visando extrair o benefício imediato daquilo que possa dar-lhe visibilidade no mandato em curso e com vistas, no máximo, a atender-lhe a próxima expectativa eleitoral.

Os governantes com a cabeça exclusivamente no mandato atual, como é o caso de Ricardo Nunes são, portanto, gestores limitados, incapazes de gerir uma cidade ou mesmo um país, porque falta-lhes também o necessário pensamento estratégico desinteressado e que significa: a verdadeira  aliança que o dirigente vocacionado institui com a população que decidiu cuidar.

Isto porque, um governante, ao ser capaz de pensar e resolver, simultaneamente, as urgências de uma população e ser politicamente maduro o suficiente para, no exercício de suas atribuições presentes, colocar desde já, seu engenho e habilidade à resolução de questões que demandam longo prazo demonstra, com isso, não só interesse verdadeiro em servir um coletivo, mas também efetiva liderança, pois, ciente que a obra em curso transbordará (por motivos técnicos e mesmo orçamentários) os limites de seu mandato, o faz por ser indispensável à população.

E no caso de Ricardo Nunes, além de faltar-lhe, enquanto mau governante e mau gestor que é, o pensamento estratégico, ainda há o fato de que Nunes, se prontifica a piorar a situação da Saúde já bastante precarizada no Centro da cidade.

Recentemente (31.07), houve manifestação no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), onde servidoras públicas, em ato de protesto, acorrentaram-se no 8° andar, à porta do centro obstétrico, em vias de ser fechado, por decisão de Ricardo Nunes, uma vez que, a Prefeitura, via pregão, contratou o Hospital Saint Patrick Portinari, para a prestação deste atendimento obstétrico.

Porém, além do contrato não primar por indicadores de qualidade, há inadequações daquele ambiente, inclusive, no que tange a higiene hospitalar do Saint Patrick Portinari e incapacidade do mesmo para prestar atendimento pelo volume da demanda em vigor, o que evidencia, por parte de Ricardo Nunes, não só falta de diálogo com os servidores referente a decisões adotadas por via autoritária, bem como executadas desconsiderando questões de saúde que lhe dizem respeito, além de má gestão em curso visíveis na celebração contratual feita sem o devido zelo, bem como na remoção à toque de caixa, do centro obstétrico do HSPM para local inapropriado, motivo pelo qual, denuncia-se que servidoras sofrem por parte de Ricardo Nunes, da chamada “violência obstétrica”.

E é assim: apesar da fala mansa de Ricardo Nunes e da peça publicitária que busca vender a imagem de que é um homem público sereno, de boas intenções, equilibrado e não afeito às disputas ideológicas.

Na televisão, de fato, Ricardo Nunes, pousa de bom samaritano, mas sua prática diária, enquanto governante, pauta-se pela violência obstétrica, descaso, negligência e autoritarismo, típico do pensamento da extrema-direita, à qual ele acorrentou-se desde que passou a suspirar e ficou enamorado do bolsonarismo.

No dia 9 de Agosto, em frente à UPA Vergueiro, uma nova manifestação foi feita, reivindicando-se um Hospital Geral na Região Central, bem como o fim das privatizações na área da Saúde, uma vez que, a Prefeitura – esclareço – terceiriza este serviço à população concedendo a gestão às Organizações Sociais desincumbindo-se, assim, enquanto Poder Público, de gerir a saúde da população.

E novamente Ricardo Nunes, enquanto capitão desta nau que é  São Paulo, não se mexeu e permanece surdo aos clamores da população e após esta nova manifestação em frente à UPA Vergueiro, ainda não convocou os Conselheiros da Saúde, nem os especialistas da área para pensar, enfim, na criação de um Hospital Geral ( que é extremamente necessário aos habitantes do centro), porque Ricardo Nunes gosta mesmo é de navegar nas águas da privatização e prefere deixar à deriva a população como um todo e gestantes, em particular.

Porém, ainda que Ricardo Nunes seja autoritário, mau gestor desta nau, um governante averso ao diálogo, adepto extremista da privatização da saúde, praticante de violência obstétrica e prefeito ineficiente para a solução dos vazios assistências na área da Saúde, o fato é que, ao sentar na cadeira de prefeito entendeu estar apto para segurar o timão e, assim, com o leme em mãos, conduzir São Paulo, está nau, que merece ser bem conduzida.

E Ricardo Nunes nunca estará a altura da tarefa que se propôs se, ao sair desta sua gestão desastrosa, não tiver, ao menos, iniciado ( e sob forte pressão popular!) a construção de um Hospital Geral, no centro da cidade, a fim de, com isso, atender esta antiga e urgente necessidade dos habitantes da região.

E é muito claro que, apesar de Ricardo Nunes trabalhar muito para naufragar São Paulo no mar de privatizações da saúde que conduz, precarizando propositadamente o serviço público nesta área visando, assim, apresentar a solução da gestão privada da saúde como alternativa viável, o fato é que, São Paulo, estará surda ao canto da sereia privatizante e ninguém irá se atirar ao mar seduzido pela ideia de que a privatização da saúde é boa e justa, porque não é.

A população de São Paulo e, especificamente, os habitantes da região do centro, devem exigir que o prefeito Ricardo Nunes os atenda e sob pressão popular se comprometa, enquanto prefeito e gestor, a reverter as privatizações em curso na área da Saúde, bem como se comprometa a construir um Hospital Geral, cuja gestão não seja privada, mas de competência exclusiva do próprio Poder Público,pois, saúde não é – nem deve ser tratada – como mercadoria.

Charles Gentil, Presidente do Diretório Zonal PT do Centro (15.08.19 a 15.08.25)

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Last Update: 14/08/2025