A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) chamou a sua colega de Câmara, Benedita da Silva (PT-RJ), de “Francisca da Silva” em live realizada nesta terça (2) nas redes sociais. Ela reclamava de não poder falar durante uma Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, que ocorre em Maceió (AL), quando fez a referência à ex-escravizada.
Francisca da Silva, conhecida popularmente como “Chica da Silva”, foi a filha de uma mulher negra escravizada e um português. Ela nasceu entre 1731 e 1735, segundo estudos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), na cidade mineira de Diamantina, à época uma região de mineração de diamantes.
Ela se tornou uma das mulheres mais importantes na sociedade colonial de Minas Gerais no século XVIII após ser comprada e alforriada por João Fernandes de Oliveira, um rico contratador de diamantes da época, com quem teve 13 filhos e ficou casada por 16 anos.
A história inspirou uma série de obras, sendo o filme “Xica da Silva” (1876), dirigido por Cacá Diegues, uma das mais famosas. A ex-escravizada também foi interpretada por Taís Araújo em novela veiculada em 1996.
A fala de Zambelli gerou reações do PT, partido de Benedita, que apontou que a bolsonarista “se utiliza do racismo para tentar constranger e humilhar” a parlamentar.
A deputada petista, que atualmente chefia a Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados e atua como vice-coordenadora da primeira Bancada Negra da Câmara, afirmou que ela “vai ter que responder” pela declaração.
Após a repercussão negativa da fala e as críticas, Zambelli pediu desculpas e tentou dizer que a referência foi um elogio. “Até porque a história de Francisca é uma linda trajetória de coragem e determinação”, alegou a bolsonarista.
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