A ironia de um discurso arcaico 

A retórica do governo atual sobre políticas para mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência não só provoca desconforto entre os assessores, como também expõe uma postura reacionária velada. Apesar de a sociedade ter avançado na conscientização sobre terminologias ofensivas e na promoção da diversidade, o líder utiliza um léxico que remete a práticas machistas e desrespeitadoras, como observar que prefere uma “mulher bonita” em suas articulações políticas. Essa escolha reforça a ideia de que a aparência está associada à competência. Em vez de abrandar a disseminação de discursos que banalizam as lutas sociais, o governo permite que expressões depreciativas persistam, chamar diretora-geral do FMI de mulherzinha, como fez com Kristalina Georgieva (foto/reprodução internet). A hipocrisia do tratamento dado à violência contra a mulher também ilustra essa contradição. As expressões machistas, racistas e homofóbicas já estão sendo extintas do vocabulário da maioria das pessoas, notadamente nos ambientes corporativos.

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