A cantora Nana Caymmi. Foto: Divulgação

Na última quinta-feira, 1º de maio, o Brasil perdeu uma de suas maiores vozes da música popular brasileira. Nana Caymmi, aos 84 anos, faleceu após uma luta contra uma arritmia cardíaca que a manteve internada desde agosto do ano passado na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.

Filha de Dorival Caymmi e irmã de Danilo Caymmi, Nana foi uma das maiores intérpretes da MPB, com uma carreira marcada por sucessos que atravessaram décadas, sendo um dos pilares da música brasileira, com canções que eternizaram seu nome.

Com um legado sólido na música, Nana Caymmi não se destacou apenas pelo talento vocal, mas também por suas parcerias com outros ícones da música brasileira. Ela foi casada com Gilberto Gil, com quem teve uma importante convivência artística, e sempre foi vista como uma das maiores representantes da tradição da música brasileira. Sua voz, delicada e potente ao mesmo tempo, carregou nas letras a história de um Brasil que cantava tanto a beleza quanto as contradições da vida.

Nana Caymmi quando jovem. Foto: Divulgação

Nos últimos anos, a figura de Nana Caymmi passou a ser marcada também por polêmicas, especialmente por sua conversão ao bolsonarismo, algo que causou surpresa e dividiu opiniões. Em 2019, a cantora se envolveu em uma polêmica ao defender o então presidente Jair Bolsonaro, enquanto atacava vários de seus colegas artistas, incluindo Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e até sua sobrinha, Alice Caymmi.

Para Nana, Bolsonaro merecia uma chance de governar, apesar das críticas que o cercavam. “É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar”, afirmou em entrevista à Folha.

Em 2021, ela reclamou da reação que causou em sua classe em entrevista ao Globo: “Se quiser me cancelar, cancela. Não deixei de comer por causa disso. Achei até engraçado, uns iam jogar meus discos fora, outros me quiseram morta. No Brasil, você não pode ter opinião, você é malhado feito Judas”, disse ela, desafiando a censura imposta pelas redes sociais e a pressão para se alinhar às expectativas políticas de seus fãs e colegas.

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Last Update: 01/05/2025