Na última quinta-feira (22), o presidente da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, Younis al-Khatib, alertou que as operações de resgate em Gaza podem parar em dias devido à escassez de suprimentos e combustível. A frota de ambulâncias opera com apenas um terço de sua capacidade, agravando a crise humanitária causada pelo bloqueio de 11 semanas imposto pela ditadura sionista.
Em entrevista em Genebra, al-Khatib afirmou: “é uma questão de tempo. Pode ser dias”. Ele destacou: “estamos ficando sem combustível. A capacidade das ambulâncias com as quais trabalhamos agora é de um terço”. As ambulâncias a gasolina pararam, e as movidas a energia solar, fornecidas pela ONU, são insuficientes. Embora alguns caminhões de ajuda, com farinha e outros itens, tenham chegado às áreas mais vulneráveis, as autoridades palestinas afirmam que o volume é insuficiente para compensar a escassez.
O bloqueio do enclave imperialista impede a entrada regular de ajuda, aumentando o risco de ataques de multidões famintas. Al-Khatib criticou: “acho que isso é um convite para assassinatos. Essas pessoas estão famintas”. Segundo a ONU, nenhum auxílio foi distribuído em Gaza na terça-feira (20). Desde outubro de 2023, o conflito matou mais de 53 mil pessoas, conforme a agência de notícias turca Anadolu, intensificando a crise humanitária.