Essa é Gabriela Biló, Jornalista, feminista, se diz defensora das mulheres, mas a própria entregou a cabeça de uma mulher pra ser julgada de forma INJUSTA. O feminismo não quer só colocar a cabeça dos homens em uma bandeja, mas também a cabeça das mulheres q ñ segue sua cartilha. https://t.co/RSoopT7H8p pic.twitter.com/Q5Ufknq7IZ
— 🇧🇷Larissa (@larissads10) March 22, 2025
Os ataques em massa contra jornalistas da Folha de S.Paulo nas redes sociais, desde a última sexta-feira (21), são consequência direta da delinquência editorial do próprio jornal.
A perseguição às repórteres Gabriela Biló e Thaísa Oliveira, que vêm sendo ameaçadas e expostas por perfis bolsonaristas, se conecta a uma postura sistemática da Folha de leniência com a extrema direita e de ataques constantes ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As duas estão sendo acusadas de entregar a cabeça da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos pelas matérias mostrando a mulher pichando a estátua da deusa Têmis, da Justiça, no 8 de janeiro.
A cobertura da Folha sobre os atos golpistas tem sido marcada por ambiguidades e acenos a teses fascistas. O jornal abriu espaço para uma série de ataques a Moraes, inclusive com reportagens fraudulentas assinadas pelo americano Glenn Greenwald, uma espécia de Alexandre Garcia da oligarquia trumpista.
Greenwald prometeu uma bomba com 7 tera de informação, ou alguma picaretagem do gênero, e entregou um traque: Moraes estaria agindo “fora do rito”, numa tentativa clara de deslegitimar as ações do Supremo diante do golpismo.
O jornal faz de conta que defente seus funcionários. Na verdade, alimentou justamente o tipo de discurso que serve de munição para esses ataques. Na matéria sobre o linchamento de Gabriela e Thaísa, a Folha nem sequer explica que a cabeleireira transformada em mártir não foi condenada por Moraes a 14 de prisão por “pichar uma estátua com batom”.
Desde o fim das eleições de 2022, Débora participou de acampamentos diante de quartéis, defendeu intervenção militar e, no dia 8 de janeiro, integrou a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
O Supremo não está julgando um ato isolado, mas uma sequência de crimes:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do CP);
- Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M);
- Dano qualificado com violência (art. 163, parágrafo único, I, III e IV);
- Associação criminosa armada (art. 288, parágrafo único);
- Deterioração de patrimônio tombado (art. 62, I da Lei 9.605/98).
A pena sugerida de 14 anos decorre do concurso material entre esses delitos, todos cometidos dentro de uma mesma “obra comum”. Segundo Moraes, “o desencadeamento violento da empreitada criminosa afasta a possibilidade de que a denunciada tenha ingressado na Praça dos Três Poderes de maneira incauta”.
A onda de ataques online a Gabriela e Thaísa envolve ameaças de morte e exposição de dados pessoais das repórteres e seus familiares. Um comentarista da Revista Oeste ainda repetiu as mentiras em vídeo, amplificando a ofensiva.
A própria Folha ajudou a construir o paredão onde seus trabalhadores são executados, com a criminalização das decisões do STF e a relativização do bolsonarismo.