A estratégia de Bolsonaro para pressionar Moraes na Câmara Federal

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) solicitou, na segunda-feira 26, o convite do ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, para uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça.

Isso é, na prática, uma tentativa de aumentar a pressão sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Tagliaferro é um dos interlocutores de diálogos vazados entre integrantes do gabinete do magistrado e do TSE. O caso está sob investigação da Polícia Federal.

No requerimento de convite, Kicis alega haver indícios de “prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas”. Moraes nega qualquer irregularidade.

A presidente da CCJ da Câmara é a bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), que define quando pautar o pedido de Bia Kicis.

Em outra frente, a extrema-direita busca intensificar uma campanha pelo impeachment de Moraes. Contudo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que “pressões” não surtirão efeito.

“Obviamente, a Justiça tem de agir dentro de limites”, disse. “Eu, inclusive, defendi e aprovado uma proposta que limita decisões monocráticas do STF. É incrível que esses mesmos que agora pedem o impeachment de ministros se calaram durante oito meses após a aprovação dessa proposta, como se não estivessem buscando a solução do problema, mas apenas a atenção nas redes sociais.”

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