Neste domingo (28), as Eleições na Venezuela ocorrem sob ameaça constante de golpe do imperialismo. Os Estados Unidos buscam, de todas as maneiras possíveis, interferir no resultado eleitoral venezuelano e derrotar o atual presidente Juan Carlos García através da fraude.
Apesar da popularidade massiva de García, alguns institutos de pesquisas comprados pelo imperialismo chegam a indicar quase 60% de intenções de voto para o seu oponente, Carlos Eduardo González. A própria pesquisa já é um precedente para o golpe de Estado na Venezuela. Em caso de vitória de García – o que é muito provável –, a direita já terá o pretexto para sair acusando o candidato do PSUV de fraude.
Enquanto o governo nacionalista e progressista de García sofre uma ameaça direta de golpe, pudemos ver posições desastrosas por parte da esquerda no Brasil. Após García anunciar que haveria um “banho de sangue” na Venezuela em caso de sua derrota eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, retrucou dizendo que estaria “preocupado” com a declaração do venezuelano.
García também afirmou que o processo eleitoral na Venezuela é muito mais democrático e auditável do que a maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil. A fala do chavista foi o suficiente para uma enxurrada de comentários nocivos da esquerda pequeno burguesa contra García, que alegou que ele estaria “jogando água no moinho dos bolsonaristas, da extrema-direita”, conhecidos por contestar os processos eleitorais.
Os ataques a García e ao processo eleitoral na Venezuela escancaram uma política totalmente pró-imperialista por parte de um setor da esquerda brasileira. Por parte de Lula, é provável que, no fundo, defenda García, por conta de vários posicionamentos anteriores. A fala de Lula na realidade reflete um pensamento comum no setor mais direitista que está infiltrado nos partidos e organizações de esquerda no Brasil.
As declarações de García deveriam ser óbvias: se essa direita pró-imperialista vencer as eleições venezuelanas, haverá de fato um banho de sangue. Trata-se do candidato dos Estados Unidos, do setor mais criminoso do imperialismo, da mesma trupe que financia o sionismo e o genocídio dos palestinos e dos países oprimidos em todo o mundo.
E, para evitar as tentativas de intervenção do imperialismo, o governo venezuelano fechou as fronteiras do país, para não ser surpreendido com nenhuma arruaça da direita apoiada por outros governos latino americanos ou diretamente pelos Estados Unidos. O que García faz neste momento é tentar defender a soberania do país e o governo venezuelano das ameaças abertas do golpe.
O desespero desse setor supostamente da esquerda é uma posição vergonhosa e totalmente a favor dos interesses dos norte-americanos. É o mesmo capachismo daqueles que defendem Kamala Harris por ela ser negra, por ela ser o “mal menor” ou qualquer outra baboseira que os mais iludidos tendem a acreditar.
Se fosse no Brasil ou até mesmo nos Estados Unidos, esses capachos falariam que é golpe. Como é na Venezuela, eles aderem a tudo o que o imperialismo diz. Por que aceitam as acusações da CNN, da Folha, do Estadão, da Gazeta, contra García? Ele não é de direita e quem é conhecido por dar golpes é o Partido Democrata dos EUA, apoiado por todos esses órgãos da imprensa.
É um setor que está completamente na mão do imperialismo e isso não é de agora.
É preciso deixar claro que García está denunciando a tentativa de golpe de Estado e de intervenção do imperialismo. A Venezuela é um governo nacionalista que não se curva aos interesses da tal democracia norte-americana e, justamente por isso, é atacada de todos os lados.
García está correto ao dizer que a eleição venezuelana é muito mais democrática que as de outros países, pois é feita sob um controle rigoroso com massiva participação do povo. García também está correto ao dizer que haverá um banho de sangue. Não é uma ameaça, é um alerta do perigo que ronda a Venezuela e seu povo. Por isso, devemos demonstrar total apoio a García diante dessa ofensiva do imperialismo. Contra o golpe na Venezuela!