O artigo Cúpula do Mercosul: farpas entre Lula e Milei escondem consenso extrativista, publicado no sítio Esquerda Diário na última quinta-feira (5), esconde que, se é que existe, o ‘consenso extrativista’ é formado por essa esquerda que defende a política imperialista de atacar o País usando o pretexto do clima.

Essa esquerda, na verdade, não quer que o Brasil seja nem mesmo extrativista; quer que deixemos as riquezas no subsolo para o que o imperialismo mande suas empresas virem pegar pessoalmente.

Uma esquerda que luta contra a construção de hidrelétricas, como a de Belo Monte, é contra o desenvolvimento da Região Amazônica, quer condenar as pessoas ali a ficaram sem internet, sem hospitais e sem indústria. Pois nada disso pode ser mantido apenas com energia solar ou eólica – que não são, de fato, energias limpas.

No primeiro parágrafo, o artigo do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) diz que nesta 66ª Cúpula do Mercosul na Argentina “a troca de farpas entre Milei e Lula foi o destaque na mídia internacional, mas para a classe trabalhadora o que fica de conclusão é a impossibilidade de esta cúpula entregar qualquer plano econômico que permita alguma melhoria real para os trabalhadores e o povo da região”.

O MRT se limita a criticar o Mercosul, o que só pode favorecer o imperialismo. Ainda que haja limitações, blocos de países atrasados que favoreçam suas posições ante os países ricos, como faz o BRICS, são importantes.

Tenta-se desmerecer o bloco reduzindo-o a uma espécie de escritório para “acordos que favorecem as exportações do agronegócio sulamericano”. Mas o MRT se opõe a outros projetos.

Quanto ao presidente argentino, que ameaça sair do Bloco, não se pode afirmar com certeza que “não há dúvidas de que o farol ideológico de Milei é Donald Trump”. Desde sua eleição, o argentino viajou quatro vezes para os Estados Unidos durante a gestão Biden, o presidente preferencial da esquerda filoimperialista, que parece querer omitir o fato.

Segundo a revista Carta Capital, em abril deste ano, “o presidente argentino, Javier Milei, viajou aos Estados Unidos por 24 horas apenas para se reunir com Donald Trump, mas, segundo os organizadores da viagem, deixou o local do encontro 20 minutos antes da chegada do colega norte-americano”. O que significa que as coisas não sejam esse mar de rosas, apesar da subserviência do portenho, e de Trump tê-lo chamado de “meu presidente favorito”.

Sobre a China

O artigo do MRT é curto, mas deixa clara a sua má vontade com a China, como no trecho que diz que “o peso da China na economia regional também se fez presente, com a reivindicação de uma rota bioceânica, conectando Atlântico e Pacífico e facilitando o comércio com o gigante asiático”.

A esquerda pequeno-burguesa ataca a China sempre que uma oportunidade aparece, pois esse país é uma das principais preocupações do imperialismo.

A rota bioceânica não interessa ao grande capital, e por isso é ataca por essa esquerda que se diz protetora do meio ambiente e das “terras dos povos originários”.

Essa rota seria uma grande oportunidade para integrar a região, gerar empregos e desenvolvimento, mas encontra oposição entre aqueles que reclamam que o setor mais contemplado no Mercorsul seria o agronegócio.

Esses “ambientalistas”, em nome da natureza, sempre estão de plantão para se oporem a projetos como o canal da Nicarágua, que tornaria obsoleto o Canal do Panamá –sob controle dos EUA–, pois as viagens ficariam mais curtas e gastariam bem menos combustível.

Reclamando sempre do agronegócio, o MRT diz que “os impactos dessas negociações vão diretamente no sentido de um consenso extrativista entre os capitalistas da América Latina, buscando priorizar a produção de bens primários para exportação à revelia dos bens naturais, comunidades originárias e impactos ambientais e climáticos, como vemos no anúncio de um novo Plano Safra recorde de mais de meio bilhão de reais”.

Se o problema é o suposto extrativismo, o que o MRT está sugerindo com “bens naturais” etc. É que o Brasil não mexa em nada, vamos exportar colar de semente de pau-brasil, açaí, castanha e artesanato para o resto do mundo.

Ninguém deve se enganar com os posicionamentos dessa esquerda pequeno-burguesa. O negócio dela é ficar brigando pelo uso de banheiros, e tentando impedir o desenvolvimento do País.

É claro que essa gente hipócrita vive no conforto das cidades e não vai abrir não de ter acesso à internet e outros confortos. No entanto, quer que milhões de pessoas vivam na Idade da Pedra.

Ao lutar contra o desenvolvimento da economia e da geração de empregos, esses que se dizem de esquerda estão agindo como inimigos da classe trabalhadora. Além de cumprirem o papel de agentes do imperialismo nosso principal inimigo.

É preciso desmascarar esses falsos defensores do meio ambiente. Existe uma parte substancial da esquerda que obtém seu sustendo de ONGs estrangeiras, dinheiro do imperialismo.

Está mais do que na hora de nos livrarmos dessas ONGs que só têm servido para sabotar o nosso desenvolvimento e atentar contra a nossa soberania.

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Last Update: 07/07/2025