A crise que afeta o Partido Democrata dos EUA é um reflexo da própria crise do imperialismo e do sistema capitalista, tal como conhecemos hoje.
A popularidade do presidente dos EUA, Joe Biden, é questionada desde antes de ele chegar ao cargo mais alto do mundo.
A imprensa internacional agora atribui a descrença popular em Biden à sua capacidade física e mental para ocupar o cargo de presidente dos EUA. Embora isso seja um fator secundário, reforça a desagregação da credibilidade em Biden.
No entanto, o fundamental é a plataforma política conduzida por Biden, especialmente em economia, defesa e política internacional, que se sustenta na destruição das condições de sobrevivência da classe trabalhadora norte-americana.
Agora que ocorreu a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump, a imprensa vinculada ao Estado Profundo e ao sistema financeiro internacional busca atribuir a vantagem eleitoral ao episódio.
Essa orientação política em torno da capacidade de Joe Biden e da ascensão de Donald Trump após o episódio mencionado procura esconder a impopularidade do programa político, econômico e militar dos neoliberais. Trata-se de uma tentativa de mistificar os fatos e abrir caminho para uma alternativa política que mantenha a estrutura de domínio imperial.
É tarefa imediata dos marxistas desmistificar as manobras da burguesia e alertar para os equívocos de análise que a esquerda comete ao seguir a cabeça dos grandes monopólios de comunicação.