A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumentou o valor da energia elétrica por meio da bandeira tarifária vermelha em razão da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Isso significa que as contas de energia elétrica terão uma cobrança adicional de R$4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Para piorar, a concessionária Enel aplicou um reajuste médio de 13,94% na tarifa de energia elétrica desde o último dia 4 de julho, após aprovação da Aneel. Esse reajuste afetará cerca de oito milhões de unidades consumidoras na capital e em parte da Grande São Paulo.
O aumento nas contas de luz tende a pressionar a inflação de julho, já que a distribuidora paulista representa cerca de 80% da amostra pesquisada pelo IBGE no Estado e é responsável por quase um terço do peso do IPCA.
A Enel São Paulo é uma das maiores concessionárias de distribuição de energia do País, atendendo oito milhões de unidades consumidoras na capital paulista e na região metropolitana, com um faturamento anual na ordem de R$22 bilhões.
As empresas pensam apenas em explorar lucros e não garantem reformas e melhorias em suas infraestruturas, desencadeando processos para aumentar as tarifas e deixando a população vulnerável à ganância desses empresários.
A privatização da energia elétrica no Brasil trouxe graves consequências à população e à economia do País, como o aumento de tarifas, a desindustrialização, o desemprego e a possibilidade de novos apagões.