A conjuntura e as eleições internas do PT

por Francisco Celso Calmon

A conjuntura requer na presidência do PT um quadro com quilometragem política e de gestão. Competência para analisar, formular e articular. Sobretudo um quadro que tenha história e coerência com os estatutos do partido, que paute o PT pelas bases, como protagonistas, e que, num universo internacional e nacional polarizado, o partido tem que ter alinhamentos claros à esquerda, contra o capitalismo e o imperialismo, pela democracia popular e pelo ecossocialismo.

A trincheira internacional são os BRICS, a trincheira nacional são os partidos de esquerda e os movimentos sociais e sindicais – que necessitam formar uma concertação antifascista, com urgência

Uma frente governamental maior que a atual, para as próximas eleições, significará o PT acelerar a perda da sua identidade de esquerda e o governo virar uma miscelânia.

A experiência até o presente mostra que os partidos de direita entram na frente de coalizão sem compromissos assumidos expressamente e alguns sem camuflagem bolsonarista. 

Dormir com inimigos é masoquismo ou traição!

A conjuntura densa que vigora coloca a democracia debaixo de um fio de alta tensão, por isso, a defesa e consolidação da democracia é bandeira número um de todos os que não adeptos da extrema-direita neonazifascista.

Preservar a democracia é um ato revolucionário, bem como ativar a luta de classes no sentido de alterar a correlação de forças, empoderando as classes trabalhadoras, com consciência de classe do seu potencial histórico, como protagonistas do devir da história.

O PT precisa de oxigenação na sua democracia interna, que não basta o discurso, é essencial que a estrutura organizacional faça acontecer.

Apresentei esta proposta de organograma, que consta do meu livro Memórias e Fantasias de um Combatente, ao candidato Rui Falcão, que respondeu assim: Caro Francisco. Muito boa a sugestão de uma reorganização político-administrativa no PT. É um caminho para romper o desequilíbrio entre a atuação parlamentar/institucional e as lutas de massa. Vamos estar juntos também na divulgação e apoio ao Plebiscito Popular de 7 de setembro. Saudações socialistas.

A renovação não é geracional e nem identitária, é político-ideológica, é de concepção estratégica.

Para tanto, o canal Pororoca convidou o deputado Rui Facão e postulante à presidência do PT para uma live no dia 19, segunda-feira, às 19 horas. 

Por todo o exposto, apoio Rui Falcão, companheiro de VAR-Palmares, testado na frente de combate à ditadura, experimentado no comando do Partido e na coordenação de eleições, é o cara da hora e do momento.

Francisco Celso Calmon, Analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia, 60 anos do golpe: gerações em luta, Memórias e fantasias de um combatente; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected]. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 19/05/2025