Luna era uma cadela poodle que morava num apartamento no edifício Telavive, na rua Estados Unidos, com seus donos, Max e Lucas, dois gringos simpaticíssimos.

Luna tinha uma amiga na vizinhança, a Daisy, que também adorava Max e Lucas.

A diversão principal de Luna e Daisy era balançar o rabo e lamber seus donos.

Eram cadelinhas muito obedientes.

Luna e Daisy andavam com um laço vermelho nas duas orelhas, combinando.

Luna só ficava irritada quando aparecia na portaria do prédio o carteiro chamado Mateus. Esses cachorros criados em apartamento não suportam uniformes de trabalhador.

Nas calçadas, quando ia passear, Luna ficava enfezada sempre que via alguém que não estava vestido elegantemente como seus donos. Quando passava por uma obra, Luna parecia que ia avançar no pedreiro. Quando passava um motoqueiro, Luna desatava a latir e rosnar.

Certo dia, magicamente, Luna deu para falar. Entre um latido e outro, soltava algumas palavras. Os donos estranharam no começo: “como pode uma cadela falar?” Depois se acostumaram e até ficaram orgulhosos. Aquele abanar de rabo era irresistível.

Luna começou, então, a prestar atenção no noticiário da TV Globo. Um belo dia, abanando o rabo na direção de seus donos, Luna falou: “Ah! Ah! Nós temos indícios bastante suficientes para dizer que houve fraude na eleição da Venezuela. Ah! Ah! Ah! Se permanecer um presidente que foi eleito numa eleição sem transparência, ele não é legítimo”. Abanou o rabo, lambeu os donos e sorriu para eles.

Os donos ficaram muito impressionados com a opinião da cadelinha. Tão impressionados que decidiram, na próxima eleição, lançar Luna candidata a síndica do edifício Telavive, numa chapa com Daisy.

PS: essa é uma história fictícia, cachorros não falam, embora alguns se aventurem a dar opiniões políticas.

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Última Atualização: 28/08/2024