Virginia Fonseca no Senado para depor à CPI das Bets

Não surpreende que Virginia Fonseca — uma das influenciadoras mais famosas do Brasil — esteja hoje sendo ouvida na chamada CPI das Bets.

Bolsonarista enrustida — como toda boa influenciadora, evita declarações públicas sobre política para não perder seguidores — ela ganha likes (e dinheiro) com publis milionárias, vende produtos de qualidade duvidosa e expõe exageradamente as filhas pequenas nas redes sociais. Afinal, foto de criança muitas vezes engaja mais do que as dancinhas que ela posta quase diariamente.

Mesmo sem ter declarado apoio explícito ao ex-presidente, já foi flagrada assistindo a suas lives e é esposa do cantor Zé Felipe e nora de Leonardo, ambos bolsonaristas declarados.

Como já dissemos: não surpreende. Bolsonaristas estão envolvidos e/ou apoiam toda sorte de desgraça no Brasil.

Ainda que seu ídolo já não esteja na presidência, deixou para trás um rastro de destruição — e o bolsonarismo como herança ideológica, para nosso completo azar.

Virginia, quase tão idolatrada quanto o ex-presidente que, evasivamente, insiste em apoiar, não é flor que se cheire: além de ter sido criticada durante as eleições de 2022 por sua postura omissa, fez merchan no internamento do próprio pai, no leito de morte — ou seja, faz qualquer negócio para aparecer (e não é a única; isso é típico dessa raça odiosa chamada “influenciadores”).

A mulher vive de dancinhas no TikTok, hiperexposição no Instagram e venda de cosméticos vagabundos — já amplamente criticados na internet. Ostenta sempre que pode e, mesmo com dinheiro saindo pelas ventas, não se dá por satisfeita.

Virginia em parceria com Neymar para sua marca de cosméticos

É preciso se envolver em um esquema criminoso por mais dinheiro — porque, para ela, dinheiro nunca é demais.

Ela está depondo hoje na chamada CPI das Bets por fazer propaganda de casas de apostas, como a “Esportes da Sorte”.

A CPI das Bets investiga casos de irregularidades no mercado de apostas no Brasil, incluindo o crime de lavagem de dinheiro.

Mesmo com patrimônio acumulado o suficiente para nem saber como gastá-lo, Virginia influenciou milhares de fãs idiotizados a perderem até o que não tinham em apostas online — tudo por ganância.

Aliás, por falar em fãs idiotizados, está para existir grupo mais imbecil do que fã de influenciador. Fã de Virginia Fonseca, então… Além de fúteis, são patéticos: reproduzem os bordões forçados da influenciadora, compartilham suas dancinhas adolescentes (mesmo ela sendo uma mãe de família) e elogiam as crianças usadas como ímãs de likes pela própria mãe.

A influenciadora declarou hoje — em depoimento transmitido ao vivo pela CNN Brasil — que “seguiu todas as regras de alerta sobre vício em jogos” e que não ganha por apostador nas campanhas das quais participa.

Mas, quer saber? O que importa?

Com mais de 53 milhões de seguidores, sejam quais forem as “regras” seguidas, essa mulher não teve a menor responsabilidade com seu poder de influência — e está visivelmente cagando para os fãs (que, cá entre nós, merecem).

Como não detestar influenciadores?

Eles são a escória da pós-modernidade, um câncer que se espalha pela sociedade já em metástase, influenciando os mais alienados a cometerem todo tipo de absurdo — desde comprar a base de péssima qualidade da sua marca até perder dinheiro em bet.

As bets, aliás, são o câncer do câncer.

Elas não viciam quem já é rico. Seu público é específico e bem definido: jovens imaturos e pessoas em situação de vulnerabilidade que se deixam levar pela promessa de ascensão social por meio de apostas online.

O que pouca gente sabe é que gente como Virginia faz a festa enganando os próprios seguidores graças à inexistência de regras claras para as bets no Brasil, que operam em uma espécie de limbo legal.

Quais regras Virginia seguiu, se as regras sequer existem?

Além de todos esses prejuízos (talvez irreparáveis), há denúncias de crimes envolvendo as casas de apostas (e os influenciadores que com elas colaboram): lavagem de dinheiro, manipulação de eventos esportivos e uso indevido de dados pessoais.

Apoiar desgraças como essas é promover ainda mais desigualdade em um país já desumanamente desigual.

Não basta aos influenciadores ostentarem milhões em um país miserável?

Gente como Virginia Fonseca — e os fãs alienados que a fazem cada dia mais rica — não se importa em normalizar o vício em jogos e contribuir para a precarização de milhões de famílias já vulneráveis.

Para essa gente, o dinheiro é uma espécie de Deus.

Teremos um mundo melhor quando perecerem os influenciadores — ou quando seus fãs, finalmente, entenderem que são facilmente manipuláveis por figuras que sequer sabem por que admiram.

Virginia e toda a corja de influenciadores irresponsáveis — e, quem sabe, criminosos, é o que se está tentando descobrir — precisam ser expurgados da sociedade como os vermes que são.

Ou isso, ou continuaremos à mercê de gente que faz absolutamente qualquer coisa por dinheiro.

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Last Update: 13/05/2025